segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Horror duplo

Carro do IML chega a unidade prisional  (Foto: Suelen Gonçalves/G1 AM)
(FOTO: Suelen Gonçalves/G1 Amazonas)

Duas notícias graves envolvendo homicídios marcaram o primeiro fim de semana de 2017, prosseguindo ao primeiro dia útil, hoje. As cidades de Manaus e Campinas acompanham atônitas os diferentes casos. Lamentável.

REBELIÃO DEIXA 56 MORTOS EM MANAUS

Um motim no complexo penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, deixou pelo menos 56 mortos, entre presos e integrantes de facção criminosa. O número pode mudar, segundo o governo do Amazonas. A rebelião durou mais de 17 horas e foi considerado pelo secretário de Segurança Pública, Sérgio Fontes, como "o maior massacre do sistema prisional" no Estado.

O motim começou na tarde do domingo. De acordo com SSP-AM, os corpos de seis pessoas – ainda não identificadas – foram jogados para fora do presídio, sem as cabeças.
Até 20h50 (22h50 no horário de Brasília), a SSP-AM afirmava que 12 agentes carcerários eram mantidos reféns. Outros funcionários que estavam na unidade prisional conseguiram escapar. Presos também foram feitos reféns, mas o número não pôde ser confirmado.

Outras duas rebeliões, em diferentes complexos penitenciários, ocorreram durante o fim de semana.

Essa foi a rebelião mais mortífera desde o incidente de Carandiru, em São Paulo. Em 2 de outubro de 1992, 111 presos morreram após uma ação policial.

Pior ainda ocorreu em Campinas, interior paulista.

Jornalistas acompanharam de longe o sepultamento de Isamara e João Victor, em Campinas (Foto: Murillo Gomes / G1)Montagem das vítimas da chacina em Campinas (Foto: Patrícia Teixeira / G1)
(FOTO: Murillo Gomes/G1)

CHACINA NO RÉVELLION
ATIRADOR MATOU 12 FAMILIARES E SE SUICIDOU

Parentes e amigos acompanharam o sepultamento das 12 vítimas da tragédia, que ocorreu entre a virada de 2016 para 2017. O enterro ocorreu hoje de manhã, no Cemitério da Saudade. Por conta da quantidade de vítimas, os sepultamentos ocorreram de dois em dois, em sequência que durou quase três horas.

O atirador era o ex-marido de uma das vítimas. Sidnei Araújo,de 46 anos, era técnico de laboratório de pesquisas. Ele invadiu a casa onde ocorria a festa de Ano Novo pelos muros. Matou a ex-mulher, Isamara Filler, em seguida o filho João Victor, de 8 anos, e depois mais 10 familiares. Por fim, se matou.

Sidnei lutava pela guarda do filho, pois havia se separado há alguns meses de Isamara. A Justiça chegou a proibir por um tempo a aproximação do técnico com João Victor.

Outros três familiares foram feridos, mas não correm riscos. 

Lista de vítimas
Isamara Filier
João Victor Filier de Araujo
Rafael Filier
Liliane Ferreira Donato
Alessandra Ferreira de Freitas
Antonia Dalva Ferreira de Freitas
Abadia das Graças Ferreira
Paulo de Almeida
Ana Luzia Ferreira
Larissa Ferreira de Almeida
Luzia Maia Ferreira
Carolina de Oliveira Batista

Com informações do G1.

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