A CARREIRA DE TEORI ZAVASCKI
Uma carreira de 46 anos foi interrompida abruptamente com a tragédia em Paraty, hoje à tarde.
O ministro da mais alta corte do Brasil foi mais do que um relator da investigação de Polícia Federal mais longa dos últimos tempos. Teori Zavascki exerceu o magistério de forma ímpar.
Teori Albino Zavascki nasceu em 15 de agosto de 1948, em Faxinal dos Guedes, pequena cidade de Santa Catarina. Era viúvo e tinha três filhos, e torcedor do Grêmio.
Nomeado em 29 de novembro de 2012 para o Superior Tribunal Federal, presidido atualmente pela ministra Carmen Lúcia, ao longo desses quatro últimos anos, Teori se mostrou um homem de perfil discreto e avesso a entrevistas. No plenário, sempre evitava entrar em rota de colisão com colegas de trabalho, mas sempre firme na hora de votar, como em 2016 no julgamento do impeachment daquela quem o nomeou ministro, a ex-presidente do país Dilma Rousseff.
A sua trajetória jurídica começou em 1971, onde formou-se em direito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
A primeira experiência profissional do ministro como advogado ocorreu em Porto Alegre. Ele era concursado do Banco Central e atuou por sete anos na instituição. No anos 80, o magistrado se transferiu para a superintendência jurídica do Banco Meridional do Brasil.
Especialista em processo civil e direito tributário, Teori também foi ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), presidiu o Tribunal Regional Federal da 4ª região (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) entre 2001 a 2003 e atuou como juiz do Tribunal Regional Eleitoral na década de 1990.
ATUAÇÃO NO STF
Além dos processos regulares na Corte, o ministro acumulava em seu gabinete mais de 50 inquéritos e ações penais da Lava Jato. No momento, o caso mais importante, que ainda aguardava sua homologação, era a delação premiada de 77 executivos da Odebrecht.
O ato, que oficialmente reconhece a validade jurídica dos acordos, estava previsto para o início de fevereiro. Só a partir dele, a Procuradoria Geral da República (PGR) poderia iniciar novas investigações com base nos depoimentos.
Além de participar ativamente da Lava Jato, outra atuação marcante ocorreu em novembro de 2015, na ocasião da prisão do senador Delcídio do Amaral, juntamente com o dono do banco BTG, André Esteves.
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Teori tem seis publicações em direito de sua autoria, além de outros 28 em co-autoria. Recebeu diversas condecorações, medalhas como Ordens do Mérito Judiciário do Trabalho e Militar, entre outras condecorações.
O corpo será sepultado em Porto Alegre, cidade onde mais viveu e construiu sua carreira, conforme confirmou um de seus filhos, o médico Alexandre Zavascki. A data e o local não foram divulgados.
O ministro da mais alta corte do Brasil foi mais do que um relator da investigação de Polícia Federal mais longa dos últimos tempos. Teori Zavascki exerceu o magistério de forma ímpar.
Teori Albino Zavascki nasceu em 15 de agosto de 1948, em Faxinal dos Guedes, pequena cidade de Santa Catarina. Era viúvo e tinha três filhos, e torcedor do Grêmio.
Nomeado em 29 de novembro de 2012 para o Superior Tribunal Federal, presidido atualmente pela ministra Carmen Lúcia, ao longo desses quatro últimos anos, Teori se mostrou um homem de perfil discreto e avesso a entrevistas. No plenário, sempre evitava entrar em rota de colisão com colegas de trabalho, mas sempre firme na hora de votar, como em 2016 no julgamento do impeachment daquela quem o nomeou ministro, a ex-presidente do país Dilma Rousseff.
A sua trajetória jurídica começou em 1971, onde formou-se em direito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
A primeira experiência profissional do ministro como advogado ocorreu em Porto Alegre. Ele era concursado do Banco Central e atuou por sete anos na instituição. No anos 80, o magistrado se transferiu para a superintendência jurídica do Banco Meridional do Brasil.
Especialista em processo civil e direito tributário, Teori também foi ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), presidiu o Tribunal Regional Federal da 4ª região (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) entre 2001 a 2003 e atuou como juiz do Tribunal Regional Eleitoral na década de 1990.
ATUAÇÃO NO STF
Além dos processos regulares na Corte, o ministro acumulava em seu gabinete mais de 50 inquéritos e ações penais da Lava Jato. No momento, o caso mais importante, que ainda aguardava sua homologação, era a delação premiada de 77 executivos da Odebrecht.
O ato, que oficialmente reconhece a validade jurídica dos acordos, estava previsto para o início de fevereiro. Só a partir dele, a Procuradoria Geral da República (PGR) poderia iniciar novas investigações com base nos depoimentos.
Além de participar ativamente da Lava Jato, outra atuação marcante ocorreu em novembro de 2015, na ocasião da prisão do senador Delcídio do Amaral, juntamente com o dono do banco BTG, André Esteves.
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Teori tem seis publicações em direito de sua autoria, além de outros 28 em co-autoria. Recebeu diversas condecorações, medalhas como Ordens do Mérito Judiciário do Trabalho e Militar, entre outras condecorações.
O corpo será sepultado em Porto Alegre, cidade onde mais viveu e construiu sua carreira, conforme confirmou um de seus filhos, o médico Alexandre Zavascki. A data e o local não foram divulgados.
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