quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Comédia que dá certo

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"MINHA MÃE É UMA PEÇA 2" BATE RECORDE DE BILHETERIA NO CINEMA BRASILEIRO

Festa para os produtores da sequência do filme "Minha Mãe é uma Peça". O filme cômico estrelado pelo humorista Paulo Gustavo se tornou essa semana o filme com a maior bilheteria na história do cinema brasileiro.

Até agora, a comédia bateu R$ 117 milhões desde que entrou em cartaz, em 22 de dezembro passado. A marca supera a obtida por "Os Dez Mandamentos", filme oriundo da novela da Record, exibido nas telonas em 2016, que ainda detém o recorde de público nacional, seguido de "Tropa de Elite 2". "Minha Mãe" aparece em terceiro e, com mais algumas semanas em cartaz, deve assumir a liderança também nesse segmento. O primeiro filme, de 2013, bateu a marca de 4,5 milhões de espectadores.

O cômico filme, que primeiro saiu no teatro e se passa em Niterói, conta a história da exaltada mãe de família Dona Hermínia, em papel inspirado na própria mãe do intérprete. Agora, ela é apresentadora de sucesso na televisão, porém sem deixar de lado as preocupações para com os filhos Marcelina (Mariana Xavier) e Juliano (Rodrigo Pandolfo), em que ambos resolvem viajar para São Paulo. A gorducha quer ser atriz teatral (tem sucesso ao final do filme) e o afeminado, que passa a se interessar por mulheres, vira advogado. Em meio a isso, chega dos EUA a irmã da matriarca, Lúcia Helena (Patrycia Travassos), desbocada e sexualmente livre, que causa furor com a família, além do ex-marido "panela de pressão" e galanteador Carlos Alberto (Herson Capri).
No final de contas, Hermínia sempre termina se dando bem, e acaba por viajar à Nova York, de onde veio a irmã. Será que vem uma terceira parte da sequência?

CRÍTICA

Assisti ao filme com minha mãe no último dia 29. As risadas estão garantidíssimas, e o jeito afeminado é marca registrada de Paulo Gustavo. Fora seu egocentrismo.
De qualquer forma, é fato a comédia rasgada ser acompanhada de um péssimo roteiro. Por vezes, o filme parece mais esquete de programas de TV, com tiradas de duplo sentido.

Recapitulando, Dona Hermínia apresenta um talk show ao estilo "Encontro com Fátima Bernardes". A própria Fátima faz uma ponta no filme, numa conversa descontraída com a protagonista. O filme em si se resume a mãezona e aos seus filhos, porque os demais personagens, embora importantes, não deslancham em nenhum momento.

Situações constrangedoras se repetem do primeiro para o segundo filme, como a sequência numa balada (agora em SP), em que Hermínia tenta ajudar Marcelina a namorar e acaba a constrangendo, enquanto Juliano continua seu jeito bissexual, mas começa a balançar por mulheres. Coisas que fariam mais sentido se Dona Hermínia tivesse uma história mais definida, sem escrachos.

Obviamente, não vou remeter minhas opiniões à críticas que se fazem necessárias. O filme é bom do mesmo jeito e merece o sucesso que está tendo e, talvez, mais sequências pela frente. Vale o ingresso!

Um comentário:

Jurandir Dalcin disse...

Eu adoro o filme, mas também acho que eles podiam se aprofundar mais em algumas coisas. Mas com certeza vale o ingresso. Sou fã do Paulo Gustavo!

Jurandir Dalcin | http://www.jurandirdalcincomenta.com/