sábado, 11 de março de 2017

Crise política

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COREIA DO SUL ASSISTE A IMPEACHMENT DE PRESIDENTE; PAÍS ENTRA EM PROTESTOS

Assim como no Brasil em 2016, a Coreia do Sul passa por uma grave crise no Governo e assiste, semelhantemente, a uma mulher sendo destituída do poder.

A Corte Constitucional do país aprovou ontem o impeachment da presidente Park Geun-Hye, envolvida em um escândalo de corrupção. A destituição vem após a série de escândalos em que tem como pivô uma secretariada e amiga de Park, que teria nomeado parlamentares que, posteriormente, extorquiram dinheiro público no país. Anteriormente o impeachment teve uma primeira aprovação em 9 de dezembro passado. A aprovação definitiva veio três meses depois.
 
Milhares de pessoas saíram às ruas, e incidentes foram registrados, com a confirmação de três mortos até este sábado.
A decisão unânime do tribunal acaba com meses de crise política, e prevê a convocação de eleições antecipadas nos próximos 60 dias.
As ações de Park "constituem um grave atentado ao espírito (...) da democracia e ao Estado de Direito", declarou o presidente da Corte Constitucional, Lee Jung-Mi. "A presidente Park Geun-Hye (...) foi destituída".
Diante da Corte Constitucional, grupos de opositores e partidários do impeachment se reuniram para acompanhar a sessão decisiva, que foi transmitida pela TV.

O caso é semelhante ao que se passou no Brasil, através da ex-presidente Dilma Rousseff.
Park, filha do ditador Park Chung-Hee, se tornou a primeira presidenta da Coreia do Sul, ao ser eleita em 2012 com a maior votação da história democrática do país. Na época tinha 64 anos, aproximadamente a mesma idade de Dilma em sua primeira eleição no Brasil. As semelhanças foram muitas, mas param por algumas diferenças, como a qual Dilma chegou a um segundo mandato, mas teve o mesmo cassado em um período de mais de três meses.

Quanto à sul-coreana, seu estilo distante e uma série de polêmicas, somadas ao descontentamento social e político, minaram sua popularidade e levaram milhões de pessoas às ruas para pedir o impeachment.

Com a decisão, Park será obrigada a abandonar o Palácio Presidencial e perderá sua imunidade de chefe de Estado. Dilma, por sua vez, não perdeu os direitos políticos e, se quiser, pode se candidatar em algum cargo eleitoral nas próximas eleições.

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