segunda-feira, 3 de abril de 2017

Horário nobre agitado

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O horário mais nobre da Globo, há tempos, atravessa um péssimo momento em audiência, onde há dois anos nenhuma novela alcança 30 pontos de média. E em mais essa transição que se inicia hoje, sai "A Lei do Amor", entra "A Força do Querer".

"A Lei" terminou na última sexta marcando 37 pontos em seu último capítulo, e média geral de 27. Só deu mais que "Babilônia" (2015), que fez média de 25 e segue com a pior média da história do horário. Depois dessa veio "A Regra do Jogo" (28) e "Velho Chico" (29).

Após quase seis meses de duração, a trama da dupla Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari terminou da forma que foi conduzida: confusa e sem muito brilho, apesar do final feliz aos melhores personagens, junto aos trágicos desfechos dos vilões Tião Bezerra (José Mayer) e Magnólia Leitão (Vera Holtz).

Vera foi quem mais se destacou como Mag. A ardilosa vilã armou de tudo para prejudicar a vida do casal principal (duas vezes ou mais, em um intervalo de 20 anos), Pedro e Helô (Reynaldo Gianecchinni e Cláudia Abreu). Depois de sequestrar Helô, abriu fuga para não ser presa. No final, acabou por morrer atirada em um trem. Ao ver a cena chocante, Tião sofre um AVC e também tem final triste e paralítico. Enquanto isso, a protagonista dá a luz o bebê que serviu, através da doação da medula óssea, para salvar a vida de sua filha Letícia (Isabela Santoni).

Entre os coadjuvantes, destacaram-se Claudia Raia como Salete e Grazi Massafera, que terminou por cima como a dondoca Luciene, que conquistou ao final o coração de um senador, interpretado por Tony Ramos.

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Passada a novela, agora fica a preocupação com a imagem de José Mayer, arranhada em um suposto escândalo. Ele foi acusado por uma camareira de assédio sexual, nos bastidores de "A Lei do Amor". Após a revelação, o intérprete de Tião, inicialmente reservada para uma futura novela do horário nobre, deverá ficar de fora do elenco. A Globo alega que quer descansar sua imagem. Ele poderia ser um dos protagonistas.
A novela em questão é "O Sétimo Guardião", de Aguinaldo Silva, prevista para 2018 para o lugar de "O Outro Lado do Paraíso", de Walcyr Carrasco e substituta de "A Força do Querer".

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E "A Força do Querer" é a nova trama que estreia logo mais. De Glória Perez com direção de Rogério Gomes, é mais uma a tentar reerguer o Ibope da faixa, cuja última novela a ter algum sucesso e repercussão foi "Império" (2014), com 33 pontos.

Com diversas cenas externas gravadas em Belém do Pará e também em Manaus, "A Força do Querer" traz como protagonistas Ísis Valverde e Marco Pigossi, repetindo o par principal de "Boogie Oogie" (2014). Outros pares já conhecidos anteriormente envolve Juliana Paes com Rodrigo Lombardi ("Caminho das Índias, 2009). O elenco principal ainda traz Lília Cabral, Humberto Martins, Paolla Oliveira, Débora Falabella, Maria Fernanda Cândido, Dan Stulbach, Edson Celulari (recuperado de um câncer) e o cantor Fiuk.

HISTÓRIA

Promissor advogado, Caio (Rodrigo Lombardi) é cogitado para administrar a Garcia, uma das maiores empresas do país, porém, quando Bibi (Juliana Paes) decide terminar o relacionamento, deixa tudo para trás e parte rumo aos Estados Unidos. 15 anos depois, retorna ao Brasil num grande cargo no Judiciário e acaba por reencontrar Bibi, que não conseguiu concluir a faculdade e está casada com Rubinho (Emilio Dantas), passando por uma condição financeira delicada, que farão com que entrem no mundo do crime.
Com a recusa de Caio, Eugênio (Dan Stulbach) prepara seu filho, Ruy (Fiuk) para assumir o comando da empresa. Ruy está noivo de Cibele (Bruna Linzmeyer), o que lhe confere estabilidade não somente na vida profissional, como também na vida pessoal, no entanto, quando viaja a Parazinho, conhece e se encanta por Ritinha (Ísis Valverde), mulher que adora o fascínio que exerce pelos homens, tal como as sereias, que ela acredita ser uma. Noiva de Zeca (Marco Pigossi), caminhoneiro completamente apaixonado por ela, Rita continua seu jogo de sedução com o carioca, pois quer seguir a liberdade de seus impulsos. Apesar das críticas que ouve a respeito da amada, o amor que Zeca sente é maior do que tudo, mas ao descobrir o envolvimento da noiva com o empresário de fora - com quem tivera um episódio determinante na infância, em que um índio profetizara que "Se viram tudo igual, é um aviso que o espírito da floresta está mandando. A vida toda vocês tomem cuidado com o que brotar das águas. O que brotar das águas vai juntar vocês dois e separar de novo!", - decide se mudar e recomeçar a vida em Niterói. Na nova cidade, conhece Jeiza (Paolla Oliveira), policial que sonha em se tornar lutadora de MMA, mas sofre com a falta de um parceiro que compreenda seus sonhos.
Paralelamente ocorre a transformação de Ivana (Caroline Duarte), irmã de Ruy, que se sente um homem num corpo feminino, causando conflito com Joyce (Maria Fernanda Cândido), que criou a filha para ser uma princesa. A relação de Joyce com o marido começa a ruir quando conhece Irene (Débora Falabella), uma mulher ambiciosa que fará de tudo para conquistar Eugênio.
Irmão de Eugênio, Eurico (Humberto Martins) gosta de ter tudo e todos ao seu controle, mas não consegue impedir que a esposa, Silvana (Lília Cabral), se vicie na adrenalina e entre na dependência do jogo. Dantas (Edson Celulari), pai de Cibele, trabalha com os irmãos Garcia, mas se sente injustiçado, pois acredita que Eugênio e Eurico nunca lhe deram o devido valor.

O tema de abertura, "O Quereres", será cantado em nova versão por Caetano Veloso, que volta a embalar sua voz nas vinhetas do horário, já que também cantou na abertura de "Velho Chico". Foi tema de abertura da série "Divã", em 2011, curiosamente protagonizada por Lília Cabral.

2 comentários:

politica em foco disse...

Acredito que a direção da novela falhou em alguns momentos. Teve uma primeira fase que durou meio capitulo, onde para as crianças passaram 15 anos e para seus pais passaram alguns minutos. Em alguns momentos as atuações foram dignas do troféu cigano Igor: Fiuk e as primeiras cenas da Maria Fernanda deixaram a desejar, sem falar na cena do índio ( mais fake que o rabo de sereia da Ritinha). E também acho que foi um primeiro capitulo dramático e descritivo demais. Concordo que a abertura ficou "o que o gato enterra na areia", aquela musica linda merecia coisa melhor. E quem pode dar um upgrade na careira de alguem é Gloria Perez, que tem muito mais know-how. Ajustando problemas pontuais a novela pode deslanchar o horario que está tão sucateado.

Jean Marcos disse...

Também esperava mais da abertura, ficou meio "broxante"! A de "Novo Mundo" ganha de goleada. Sobre a história em si, não vou opinar muita coisa, mas acho que está mais chamativa do que a última novela.