domingo, 30 de abril de 2017

Mais uma perda na música

Resultado de imagem para belchior

BELCHIOR MORRE AOS 70 ANOS

Depois de Jerry Adriani, a música brasileira perdeu mais um importante nome uma semana depois, e também aos 70 anos de idade.

O cantor cearense Belchior morreu nesta madrugada na casa onde vivia, em Santa Cruz do Sul (Rio Grande do Sul) há pelo menos uma década. A causa da morte, segundo autópsias, foi o rompimento da aorta (rasgo da parede da principal artéria sanguínea do corpo humano, causando perda grande de sangue). O corpo do músico foi encontrado esta manhã por sua esposa e agora viúva, Edna Prometheu.

A própria Edna contou que Belchior deitou-se na sala de estar ouvindo música clássica de noite, e não acordou mais. Ela ainda contou que ele estava bem de saúde e não tomava medicamentos. Após a autópsia, o corpo será encaminhado de Porto Alegre para Fortaleza, onde será velado e enterrado nesta segunda-feira.

CARREIRA MUSICAL

Um dos nomes clássicos da MPB, Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes foi cantor e compositor de diversos sucessos dos anos 70 em diante, até decidir viver uma vida reclusa na década de 2000 para cá. Em 2009, inclusive chegou a ser tema de reportagem investigativa, quando passou dias desaparecido, sendo considerado "foragido" por dever pensão alimentícia. Foi encontrado no Uruguai, por reportagem do programa "Fantástico". Desde então, vivia tranquilamente em Santa Cruz do Sul.

O Governo do Ceará emitiu uma nota de pesar pela morte do cantor, sendo decretado luto oficial de três dias.

SUCESSOS

Agora sim falando do seu legado musical, Belchior iniciou como cantor em 1965, após largar a Faculdade de Medicina no Ceará. De 1965 a 1970 apresentou-se em festivais de música no Nordeste. Em 1971, quando se mudou para o Rio de Janeiro, venceu o IV Festival Universitário da MPB, com a canção Na Hora do Almoço, cantada por Jorge Melo e Jorge Teles, com a qual estreou como cantor em disco, um compacto da etiqueta Copacabana. Em São Paulo, para onde se mudou, compôs canções para alguns filmes de curta metragem, continuando a trabalhar individualmente e às vezes com o grupo do Ceará.
Em 1972 Elis Regina gravou sua composição "Mucuripe" (com Fagner). Atuando em escolas, teatros, hospitais, penitenciárias, fábricas e televisão, gravou seu primeiro LP em 1974, na gravadora Chantecler. O segundo, Alucinação (Polygram, 1976), consolidou sua carreira, lançando canções de sucesso como "Velha roupa colorida", "Como nossos pais", que depois foram regravadas e eternizadas por Elis Regina, além de "Apenas um rapaz latino-americano".

Outros êxitos incluem Paralelas (lançada por Vanusa) e Galos, noites e quintais (regravada por Jair Rodrigues). Em 1979 no LP Era uma Vez um Homem e Seu Tempo (Warner) gravou Comentário a respeito de John (homenagem a John Lennon), também gravada pela cantora Bianca. Em 1983 fundou sua própria produtora e gravadora, Paraíso Discos, e em 1997 tornou-se sócio do selo Camerati. Sua discografia inclui Um show – dez anos de sucesso (1986, Continental) e Vício elegante (1996, GPA/Velas), com regravações de sucessos de outros compositores.

Descanse em paz, grande cearense.

Um comentário:

politica em foco disse...

tenho a discografia dele baixada faz dois anos no torrent grande perda para musica diante do cenário que esta a atual ! abraços