sexta-feira, 14 de julho de 2017

Dupla vitória (até agora)

Presidente Michel Temer
12/07/2017
REUTERS/Adriano Machado
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Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, durante cerimônia em Brasília
07/06/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino

DEPOIS DE DENÚNCIAS REPROVADAS NA COMISSÃO, TEMER VAI ENCARAR NOVA VOTAÇÃO EM AGOSTO

A semana que antecede o período de recesso dos parlamentares federais foi de vitórias do governo e, pessoalmente, de Michel Temer, que passou o dia de hoje em São Paulo, após uma semana agitada politicamente.

A denúncia contra ele por crimes de corrupção foi levada à uma comissão por deputados, em pedido deferido pelo deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ). E ontem, em duas votações extraordinárias, vitória dupla para o presidente da República. A denuncia foi reprovada pelo placar de 40 x 25. Pouco depois, foi aprovada o arquivamento desse pedido. "Vitória da democracia", disse Temer numa rápida entrevista.

E isso tudo ainda teve em meio à uma outra aprovação, agora ocorrida no Senado: a tão comentada Reforma Trabalhista, que em breve será sancionada pelo presidente. Entre as alterações na nova lei, estão os períodos de férias parcelados, que serão de 30 dias, desde que um dos períodos tenha no mínimo quinze dias.

Mas o período de votação não para por aí. Logo após o recesso, Temer deve encarar a que, possivelmente, seja a maior "batalha" para manter o seu cargo. No dia 2 de agosto, a denúncia contra o presidente será votada na Câmara dos Deputados, conforme anunciou o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) após reunião com líderes partidários.

"Ouvidos todos os líderes e por decisão deles, houve acordo na data, tanto nos partidos da base quanto nos de oposição, no dia 2 de agosto", disse Maia a jornalistas, após reunião com líderes

A votação ainda não é para um impeachment definitivo, mas teria caráter similar ao que ocorreu com Dilma Rousseff (PT) em 17 de abril de 2016. Dos 513 deputados da casa, serão necessários os votos de 342 deputados favoráveis à denúncia (dois terços do elenco do Plenário) para autorizar o Supremo Tribunal Federal (STF) a decidir se aceita ou não a acusação e se torna Temer réu, o que obrigaria seu afastamento da Presidência por até 180 dias.

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