sexta-feira, 20 de outubro de 2017

TIROTEIO NA ESCOLA GOIANA

Mensagem de luto é afixada no portão do Colégio Goyases  (Foto: Sílvio Túlio/ G1)João Pedro Calembo (à esquerda) e João Vitor Gomes morreram na escola (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)

ESTUDANTE ATIRA CONTRA COLEGAS DE SALA EM ESCOLA EM GOIÂNIA; DOIS MORREM

Depois do triste episódio em Janaúba, mais uma tragédia em ambiente escolar choca o Brasil nesta sexta-feira, agora em Goiânia.

Um adolescente de 14 anos atirou e matou um colega de sala e instaurou um tiroteio em massa. Outro aluno morreu, e outros quatro ficaram feridos, sendo três meninas mais um menino. As vítimas fatais tinham 13 anos cada. Uma das meninas, também de 13 anos, está em estado gravíssimo.

O incidente aconteceu no Colégio Goyases, escola de ensino particular, infantil e fundamental, no intervalo para a última aula do dia, por volta das 11h50. O atirador cursa o 8° ano do Ensino Fundamental, é filho de policiais militares e carregava uma arma que pegou da mãe. Uma pistola calibre 40.

Após efetuar tais disparos, o atirador ainda de nome não revelado recarregava a arma, quando foi contido por professores e alunos. Morreram os estudantes João Vitor Gomes e João Pedro Calembo, ambos de 13 anos. O carro do IML (Instituto Médico Legal) deixou o Colégio Goyases por volta de 16h40.

 

O aluno foi apreendido pela Polícia Militar. Segundo os policiais, ele contou como planejou o tiroteio, dizendo ter se inspirado em outros massacres ocorridos em escolas: o de Columbine (Estados Unidos, 1999) e no Realengo, Rio de Janeiro, em abril de 2011. Em ambos os casos, 12 alunos morreram, e os autores dos ataques se mataram. Houve também relatos de "bullying" (prática comum entre adolescentes para causar ofensas e constrangimentos pessoais e psíquicos), pois dizia que era chamado de "fedido" por um dos colegas mortos hoje. No dia anterior a tragédia, foi trazido para ele um desodorante.

"Ele disse que vinha sofrendo bullying, ou nas palavras dele, que um colega estava amolando ele. Inspirado em outros casos, segundo ele como os de Columbine e o de Realengo, ele decidiu cometer esse crime. Ele ficou dois meses planejando a ação", relatou o delegado Luiz Gonzaga Júnior, titular da Delegacia Estadual de Apuração de Atos Infracionais (Depai).

Nesta noite, uma vigília foi iniciada na frente do colégio onde o atentado aconteceu. Pais, alunos, funcionários e professores se mobilizaram pelo local, prestando as homenagens com orações e diversas velas acesas.

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