sábado, 18 de novembro de 2017

FOTO DA SEMANA: Tensão no Zimbábue


A Foto da Semana de hoje retrata mais um momento de incerteza política que o mundo acompanha atônito, em um diferente lugar da vida.
Dessa vez, o Zimbábue, país do sul da África, é o centro das atenções.

Manifestantes pedem a saída do presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, em protesto realizado pelas ruas de Harare, capital do país - 18/11/2017
(FOTO: Philimon Bulawayo/Reuters)

ZIMBÁBUE PEDE A SAÍDA DE ROBERT MUGABE, HÁ 37 ANOS NO PODER

Robert Mugabe, de 93 anos (!), é o presidente (ditador) do Zimbábue há 37, mas esse infinito mandato parece estar próximo do fim.

Durante a semana, milhares de manifestantes invadiram as ruas da campital zimbabuana, Harare, para pedir a destituição do ditador, que ao que parece está perto de concretizar-se, ainda que com as regalias partidárias.

Buzinaços foram feitos na ruas e cartazes foram erguidos em protestos deste sábado, apenas uma continuação do que vem acontecendo durante esta semana. Entre as frases nos cartazes estão "Fora Mugabe" e "Investidores estão vindo para o Zimbábue".

Também empunhavam imagens dos militares que participaram da guerra de libertação nos anos 1970 ao lado de Mugabe, mas recentemente se viraram contra ele.

O ditador, formalmente, continua no poder, mas depois que um grupo de militares tomou todos os prédios públicos na quarta-feira passada, as chances de ele voltar ao posto são pequenas.


Mugabe encontra-se em prisão domiciliar, onde chegou a fazer uma aparição pública ontem em uma universidade da qual é reitor. A celebração deste sábado, por sua vez, foi imensamente apoiada pelos militares veteranos e pelo partido de Mugabe, o Zanu PF, um sinal de que não haveria grandes mudanças no país.

A situação lembra um pouco os protestos da famosa "Primavera Árabe" de 2011, em que diversos ditadores de países islâmicos foram destituídos da presidência, ou mesmo mortos. No Egito, Hosni Mubarak renunciou após 34 anos, enquanto na Líbia, em caso mais gravíssimo, a ditadura de Muanmar Kadafi que durava 43 anos foi encerrada com a captura seguida de morte do ditador, por rebeldes líbios.

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