quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Um ano de saudades

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HÁ UM ANO O MUNDO CHORAVA A TRAGÉDIA DA CHAPECOENSE

PROCISSÃO NESTA MADRUGADA MARCA O ANIVERSÁRIO

HOJE, 29 de novembro, faz um ano que os amantes do esporte e do futebol foram devastados por um trágico acontecimento que abalou o mundo da bola.
A queda do avião da Lamia que transportava a delegação da Chapecoense matou 71 pessoas, dentre jogadores, membros da comissão técnica e jornalistas, além de 7 dos 9 tripulantes. Apenas 6 sobreviventes, dos quais foram 3 jogadores, 1 locutor e 2 da tripulação da aeronave, que partiu da Bolívia rumo à Colômbia. A equipe estava no maior auge de sua curta história. Após os seguidos acessos das Séries D até a elite do futebol brasileiro, a Chape chegava à final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional. Seria a consagração de um auge, de um sonho de conquistar a América de forma inconteste.
Acabou por ironias do destino a conquistar o mundo, pela onda de solidariedade que se tomou conta a partir da tragédia.
Resta agora o andamento dos pagamentos de indenização para os familiares das vítimas, que tinham contrato vigente com a equipe catarinense. Eles vem sendo realizados em dia com a tutela do mesmo, em associação à ABRAVIC (Associação Brasileira das Vítimas da Chapecoense).

E também o processo por parte do time contra a empresa aérea causadora de toda a tragédia. A venezuelana Lamia, que após um período passou a operar na Bolívia, não existe mais, pois o avião acidentado era o único da frota e tinha como piloto um dos donos da empresa, Miguel Quiroga. Nos últimos dias ganharam as notícias do surgimento de verdadeiros donos da empresa, entre eles o foragido venezuelano Ricardo Albacete. Outro diretor da Lamia também está foragido. Três bolivianos foram presos, mas já estão soltos.

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COMO ESTÃO OS SOBREVIVENTES?

Na Bolívia, o técnico de aeronave Erwin Tumiri foi o que menos teve lesões e tinha recebido alta menos de uma semana depois do acidente. Segue sua vida normal. A aeromoça Ximena Suárez agora aspira a carreira de modelo.

21 jornalistas perderam a vida no avião, dos quais incluem ex-jogadores como Mário Sérgio, os repórteres Guilherme Marques e Guilherme Van der Laars, o cinegrafista Ari Junior e narradores como Deva Pascovicci.
Somente Rafael Henzel sobreviveu, praticamente sem sequela de nada. Retomou aos trabalhos na rádio Oeste Capital normalmente, a partir do inicio da temporada 2017.

JOGADORES: Alan Ruschel, lateral, foi o que teve a mais rápida recuperação. Depois do milagre e muitos treinos e fisioterapia, logo voltou a jogar bola. Seu retorno aos gramados aconteceu em amistoso contra o Barcelona.

Neto, zagueiro, foi o último sobrevivente resgatado, quando as buscas praticamente estavam encerrando-se. Superou uma longa batalha pela vida, sendo o último a deixar a Colômbia. Segue em lenta e gradual recuperação, onde aos poucos retoma atividades com bola. Deve voltar a jogar em 2018.

Jackson Follman, goleiro reserva, foi um dos primeiros resgatados com vida. Infelizmente, teve de amputar parte da perna direita, encerrando assim sua carreira. Mas abriu-se caminho para outras. Além de embaixador do time, passou a ser comentarista na Fox Sports, emissora que perdeu seis de seus integrantes no acidente.


No vídeo acima tem a icônica comemoração de todo o elenco, cantando "Vamo Vamo Chape", após a heroica classificação a final ao segurar o 0x0 com o San Lorenzo na Arena Condá. Destaque para a defesa com o pé do goleiro Danilo. Talvez o principal dos heróis de Condá, eternizado por essa e outras defesas. Chegou a pegar quatro pênaltis diante do Independiente.
Entre os outros principais heróis, estão o meia e capitão Cléber Santana e o matador Bruno Rangel, maior artilheiro da história da Chape, com 81 gols marcados.
Os outros jogadores que perderam a vida foram, em ordem de posição onde jogavam: Gimenez, Dener, Mateus Caramelo, William Thiego, Marcelo, Filipe Machado, Gil, Sérgio Manoel, Josimar, Matheus Biteco, Arthur Maia, Ananias, Ailton Canela, Lucas Gomes e Kempes.

Na comissão técnica, nomes como o então presidente Sandro Pallaoro, os dirigentes Pipe Grohs e o roupeiro Cocada. Dos convidados de tribuna, estavam o representante estadual de Santa Catarina na CBF, Delfim de Pádua. O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, estava previsto no embarque, mas acabou ficando em São Paulo. A delegação havia saído de lá após o seu último jogo em 2016, pelo Campeonato Brasileiro, na derrota de 1x0 para o Palmeiras. Foi o jogo em que o time paulista conquistou o título brasileiro daquele ano.

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Anos irão se passar, mas a saudade continua eterna. Os jogadores falecidos sempre serão recordados, por todos os continentes que for. E por aqui, a Chapecoense conseguiu a reconstrução que estava a ser feita em curto espaço de tempo. Um dos times que mais jogou no ano entre os participantes da Série A, faturou o bicampeonato catarinense (sexto título estadual), vice da Recopa Sul-Americana, contra o próprio Atlético Nacional e, uma vez mais, campanha acima da meta no Brasileirão. Atualmente em nono lugar, tem chances reais de classificar para sua segunda Libertadores.
Na primeira em que disputou, foi bem e classificou no campo, mas por erro de escalação irregular, acabou eliminada. Quem sabe agora terá uma segunda chance?

Vamos Chape, a vida segue em frente.
 

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