terça-feira, 26 de dezembro de 2017

RETROSPECTIVA 2017: A política apocalíptica

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NO AR, RETROSPECTIVA 2017

Passadas as festas de Natal, é chegada a última semana de 2017. E dentro dela o Jornal da Internet se despede oficialmente deste ano de extremos, super agitado e tudo mais, começando a partir de hoje a RETROSPECTIVA 2017!
De hoje até sábado, serão cinco capítulos separados, envolvendo política, grandes fatos, esportes, entretenimento e obituário.

O tema hoje é A POLÍTICA NO BRASIL E NO MUNDO  e alguns dos mais importantes fatos ocorridos no ramo

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A POLÍTICA APOCALÍPTICA


ANO COMEÇA COM TRÁGICA MORTE DE RELATOR DA LAVA-JATO

2017 mal havia começado e um grande fato trágico abalava as estruturas da Operação Lava-Jato. No dia 19 de janeiro, um avião bimotor caiu no mar do Paraty, Rio de Janeiro, matando os cinco ocupantes da aeronave. Entre eles, o ministro do STF e relator da Lava-Jato, Teori Zavascki, aos 69 anos. Ele foi um dos desencadeadores do processo surgido em 2014. O mesmo foi prosseguido a partir da entrada de Alexandre de Moraes, então Ministro da Justiça (contestado ainda em janeiro por conta de declarações provenientes de rebeliões mortíferas que afetaram Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte). Enquanto isso, Edson Fachin assumia a relatoria da operação.

Edson soltaria, em abril, uma lista com cerca de 80 nomes envolvidos em corrupção em novas fases da Lava-Jato, numa parceria com o Procurador Geral da Republica, Rodrigo Janot.


O HOMEM QUE ABALOU AS ESTRUTURAS DO GOVERNO

17 de maio foi uma data-chave para a forte derrocada do atual governo Michel Temer (PMDB), quando o mesmo acabava de completar um ano de poder, após o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Em reportagem do jornal O Globo, que de imediato chegou às TVs e informativos com o Plantão da Globo, Michel foi delatado em gravação com o dono do frigorifico JBS, Joesley Batista. A gravação que ocorreu em março, em meio a deflagrada Operação Carne Fraca, flagrou o presidente dando aval para COMPRAR O SILÊNCIO de Eduardo Cunha, ex-deputado que encontra-se preso desde outubro de 2016. "Tem que manter isso, viu?"
Na mesma gravação, o senador Aécio Neves viu seu mundo desmoronar, ao ser revelado pedindo 2 milhões de reais para pagar seus advogados em despesas. Aécio foi afastado do Senado, mas meses depois retomou. Desgastado, saiu da presidência de seu partido, PSDB.
Joesley, junto com seu irmão Wesley, foram presos em 10 de setembro.


"NÃO RENUNCIAREI"

No dia seguinte à gravação delatora que abalou de vez a política brasileira, Michel Temer fez o primeiro de uma série de pronunciamentos em cadeia nacional, defendendo-se das acusações sofridas e sendo enfático para a defesa de seu mandato: "Não renunciarei, repito. Não renunciarei. Sei o que fiz, sei dos meus atos, exijo uma investigação plena.". Tão logo perdeu apoio de parte do Congresso.


Temer seria denunciado por duas vezes nos últimos atos de Rodrigo Janot pela PGR. O mesmo sairia do cargo em setembro, dando lugar à Raquel Dodge, por indicação do próprio Temer.
Enquanto isso, sua permanência ou não no mandato foi votada em duas longas sessões na Câmara dos Deputados.
A primeira, em 2 de agosto, a primeira denuncia (obstrução de justiça) foi arquivada por 263 a 227 votos. Em 25 de outubro, novo arquivamento, agora por organização criminosa, em votação ainda mais apertada, por 251 a 233 votos. Exatamente neste dia, Temer teve um abalo em sua saúde, em que precisou tratar uma obstrução renal urológica. No fim do ano ainda se submeteu a um cateterismo e novas intervenções urológicas. Irá virar o ano usando sonda.


Antes disso tudo, rolou ainda o julgamento da chapa eleitoral "Dilma-Temer", que sofreu denúncias de graves crimes eleitorais comprovados judicialmente. Ainda assim, a mesma foi absolvida, livrando Temer da cassação, por 4 votos a 3. O "voto de minerva" foi dado por Gilmar Mendes. Um dos mais controversos personagens políticos do ano, por ser ele o "soltador de políticos". Já liberou da cadeia nomes como José Dirceu e Anthony Garotinho.


AS MALAS DA VERGONHA

A roubalheira escancarada foi deflagrada ao mundo em setembro, por parte do ex-ministro de Michel Temer, o secretário geral Geddel Vieira Lima, preso desde 3 de julho e sendo interrogado aos prantos pela Polícia Federal, por crimes de corrupção. No apartamento de Geddel, em Salvador, foram encontradas várias malas armazenando dinheiro vivo, frutos de propina e mais propina. O total chegou a R$ 51 milhões. Um total desserviço à população.


O ano terminou com prisões importantes de outros políticos, numa dessas em que evidenciou o Estado do Rio de Janeiro "no fundo do poço". O mesmo chegou a ter seus três governadores anteriores presos, entre novembro e agora: Anthony Garotinho (solto por Gilmar Mendes), Rosinha Matheus e Sérgio Cabral, este último preso desde outubro/2016 e já condenado por diversos crimes. O atual governador, Luiz Fernando Pezão, também é investigado, enquanto o ex-prefeito Eduardo Paes se tornou inelegível pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
No Congresso, Paulo Maluf (PP-SP) teve a prisão decretada por Fachin, e finalmente começou a cumprir a pena de 8 anos por crimes de lavagem de dinheiro, na época de prefeito de São Paulo. No ato da prisão, o deputado de 86 anos usava de muletas e andador, aparentando fragilidade na saúde.

Esses e muitíssimos outros fatos marcaram o ano da conturbada política brasileira. E 2018 tá aí prometendo capítulos ainda mais fervorosos, por ser ano de eleição presidencial.
É a batalha Lula versus Jair Bolsonaro. O ex-presidente contra o "mito" deputado federal. Isso se Lula não for condenado pela segunda vez pela Lava Jato, através do juiz Sérgio Moro (a primeira foi em 12 de julho, 9 anos de prisão), o que poderá torna-lo inelegível. O PSDB trabalha entre os nomes de Geraldo Alckmin e o prefeito paulistano João Dória para a candidatura máxima.

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ELEIÇÕES PELO MUNDO

2018 terão as eleições brasileiras, mas pelo mundo tivemos novos (e velhos) presidentes eleitos. O maior destaque vai para a França, com o triunfo de Emmanuel Macron, de apenas 39 anos.

No Chile, já se trata de um veterano. Sebastian Piñera terá o seu segundo mandato a partir de março, quando sucederá Michelle Bachelet, que também está na segunda presidência do país.


Na China, Xi Jinping passou a ser o líder asiático mais influente das atualidades. Na África, mudanças muito significativas de poder. Após 37 anos de ditadura, Robert Mugabe deixou os comandos do Zimbábue, em renúncia comemorada pelo país inteiro. Na Libéria, um ex-futebolista poderá assumir a presidência, em eleição ainda a ser confirmada. George Weah, ídolo de clubes como Paris Saint Germain e Milan e eleito pela FIFA melhor jogador do mundo em 1995, lidera as pesquisas eleitorais de voto no país.

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A GUERRA DE FARPAS ENTRE EUA X COREIA DO NORTE, NO PRIMEIRO ANO DE TRUMP

20 de janeiro de 2017, e os Estados Unidos e o mundo assistiu atento a posse de Donald John Trump como novo presidente da maior potencia econômica mundial. De formas polemicas, o ex-apresentador de reality show passou como pôde em seu primeiro ano conturbado para iniciar seu mandato.

Tudo ao comprar brigas e divergências com outras lideranças ao redor do mundo. E mais trocas de farpas, em especial com Kim Jong Um, ditador da Coreia do Norte.

Uma outra suspeita que atormenta seu governo é a questão do suposto envolvimento da Rússia na campanha eleitoral do ano passado. Ele insiste em dizer que não sabia das armações para atrapalhar a candidata derrotada Hillary Clinton. A democrata teve a maioria dos votos, porem não levou pelo número de delegados por Estado.

Trump ainda comprou brigas com o também ditador Bashar Al Assad, da Síria, e teve como resposta atacar o país árabe através de misseis (assim como a Coreia do Norte fez diversos testes nucleares que amedrontaram o planeta). Depois ameaçou intervenção militar para a Venezuela, contra o governo de Nicolás Maduro. 

Para encerrar, em dezembro, o "afetado" foi Israel. Donald decretou que Jerusalém, não mais Tel Aviv, passaria a ser a capital do país e sede da embaixada norte-americana, o que desencadeou uma gigantesca onda de protestos, não só em Israel, Palestina, como em diversos outros lugares do Oriente Médio, da Europa, e por aí vai. Ao menos terminou o ano com uma vitória governamental: a aprovação da reforma tributaria que prevê a sonhada redução de impostos.

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Para você ver, não é só no Brasil que se vive política em meio a conturbações extremas.
Amanhã a Retrospectiva 2017 prossegue com os fatos que mais chamaram atenção do mundo, num ano marcado pelo infeliz avanço do terrorismo (Estado Islâmico) e desastres naturais.

Um comentário:

FABIOTV disse...

Olá, tudo bem? Realmente, a morte do Teori Zavascki trouxe Alexandre de Moraes no STF....Teorias conspiratórias pululam por aí....Aproveito a oportunidade para desejar um ótimo 2017!! Abs, Fabio www.tvfabio.zip.net