terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Nomeação e demissão

(FOTO: Jorge Willian/O GLOBO)

RAUL JUNGMANN ESTREIA MINISTÉRIO DEMITINDO SEGÓVIA

Em meio a intervenção federal do Rio de Janeiro, hoje foi oficialmente criado o Ministério da Segurança Pública, para medidas de combate à violência em todo o país.

O nome a comandar o novo ministério é Raul Jungmann, ex-ministro da Justiça. E no primeiro ato em seu retorno ministerial, tratou de demitir o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia. O desgaste dentro da própria corporação foi determinante para sua saída. Segóvia havia assumido o cargo em novembro passado, mas perdeu credibilidade por lá diante de declarações dadas em conta de uma acusação, associando a investigação do inquérito contra Michel Temer a uma edição de um decreto sobre portos. Nela, sugeriu que o delegado do caso, Cleyber Lopes, poderia ser punido, algo que desagradou o presidente da República.

A troca fez parte de um pacote acertado pelo Palácio do Planalto a partir da definição sobre a criação da nova pasta. Desde que o governo começou a gestar o decreto de intervenção no Rio, na semana retrasada, já era dada como inevitável na equipe mais próxima de Michel Temer a saída do diretor-geral, alvo de inúmeras críticas. O fato determinante foi a repercussão, principalmente jurídica, das declarações dadas por ele sugerindo um arquivamento da investigação contra o presidente. Faltava resolver o melhor momento para demiti-lo, de modo a não chamar ainda mais atenção para o episódio.

Jungmann nomeou, de imediato, o atual Secretário Nacional de Justiça, Rogério Galloro, para ocupar o cargo da diretoria da PF.

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