sexta-feira, 16 de março de 2018

Investigação contra a impunidade

Disque-denúncia lança cartaz para pessoas denunciarem sobre o crime (Foto: Divulgação)

#MARIELLEPRESENTE
#ANDERSONPRESENTE


IMAGENS DE CÂMERA EVIDENCIAM CRIME PLANEJADO CONTRA VEREADORA


O crime da noite de quarta que chocou o Brasil segue em plena investigação, e por hoje diversas foram as pistas desvendadas para localizar os suspeitos que alvejaram e executaram a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), mais o motorista Anderson Pedro.

A TV Globo conseguiu com exclusividade as imagens de uma câmera de segurança que flagrou o exato momento em que Marielle deixa um evento em que participava, na noite do crime. Ela entra no carro de Anderson Pedro, a serviço de Uber, juntamente com a sua assessora.

Nas imagens, o veiculo, um Chevrolet Agile, deixa o prédio na Rua dos Inválidos, as 21h04. Um outro carro, logo atrás, sai em seguida, num intervalo de apenas dez segundos. Os ocupantes deste carro teriam aguardado cerca de duas horas até a saída da vereadora.

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A respeito da munição, mais investigações avançadas. A polícia descobriu que este lote usado no crime pertencia aos Correios, e foi vendido em Brasília em 2006, pela Polícia Federal.

As munições eram de calibre 9mm, o mesmo modelo de parte das balas utilizadas na maior chacina ocorrida no Estado de São Paulo. Na noite de 13 de agosto de 2015, 17 pessoas foram assassinadas, entre as cidades de Barueri e Osasco. Três policiais militares e um guarda-civil foram condenados pelas mortes.

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A repercussão do caso segue muito grande em todo o país. Desde os protestos na luta pelos direitos (marca de Marielle Franco), até o velório e cortejo das vítimas, ocorridos na Cinelândia.
Várias partes do Brasil registraram manifestações, pedindo por justiça e contra a impunidade. No Rio de Janeiro, artistas e intelectuais reforçaram a onda dos protestos e os movimentos cultuados pela vereadora, através da hashtag #MariellePresente, difundido pelos quatro cantos. Artistas como Caetano Veloso, Maria Gadú e Elza Soares, prestaram suas homenagens, através de seus shows ou no Twitter, rede social que Marielle mais usava para comunicar-se com o público que a elegeu como quinta vereadora mais votada. 

Os protestos chegaram ainda a outros países, como França, Portugal e EUA. 

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