terça-feira, 1 de maio de 2018

Lembranças trágicas

O INCÊNDIO OCORRIDO NESTE FERIADO DE TERÇA-FEIRA REMETEU A OUTROS TRISTES EPISÓDIOS DE ANOS ATRÁS NO BRASIL, E TAMBÉM NO MUNDO

Antes e depois: veja imagens do prédio que desabou após incêndio em São Paulo
O PRÉDIO WILTON PAES DE ALMEIDA, INAUGURADO EM 1968, FOI TOMBADO EM 1992 COMO PATRIMÔNIO PÚBLICO DA CIDADE DE SÃO PAULO. SERVIU DE SEDE DA POLÍCIA FEDERAL ATÉ MEADOS DE 2003, QUANDO PASSOU A PERTENCER À "UNIÃO". E DESDE 2015, PASSOU A SER DO GOVERNO FEDERAL.

Vejamos abaixo alguns dos incidentes famosos, que até hoje são lembrados com muita comoção:

O incêndio mais trágico e mortífero do Brasil aconteceu em 17 de dezembro de 1961, no Gran Circo Norte-Americano em Niterói (RJ). Morreram 503 pessoas, a maioria crianças, numa noite de apresentação.
Adílson Alves, José dos Santos e Walter dos Santos foram condenados pelo crime. Adilson tinha sido contratado para ajudar a erguer a grande lona do picadeiro, mas se desentendeu com o dono do circo. Foi demitido e jurou vingança. Junto com os dois comparsas, usou gasolina para incendiar o circo no fim do espetáculo, com as arquibancadas lotadas.
Em prédios, os piores incidentes envolveram os edifícios Andraus (1972, em São Paulo) e Andorinha (1986, no Rio), onde morreram 16 e 23 pessoas respectivamente. Em 1998, o prédio Palace II, de construção mal-acabada e uso indevido de areia, desabou num domingo de Carnaval, matando ao menos nove pessoas.

Incêndio no Edifício Joelma, em São Paulo.  (Foto: GloboNews)

Mas aconteceu em 1 de fevereiro de 1974 o mais emblemático destes casos. O Edifício Joelma, também em São Paulo, pegou fogo por conta de um curto circuito em um ar condicionado, causando as chamas que alastraram o prédio inteiro, que havia sido inaugurado três anos antes.
188 pessoas morreram e outras 345 ficaram feridas na catástrofe, que foi transmitida ao vivo pela TV no país inteiro, onde até as cenas de pessoas se jogando do alto do prédio eram mostradas. O caso foi um divisor de águas para a determinação de novas e rígidas normas de segurança em grandes edifícios.

Fachada da Boate Kiss, no Rio Grande do Sul (Foto: Germano Roratto/Agência RBS)

Ainda mais trágico e comovente, foi o incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria, Rio Grande do Sul. A tragédia foi na madrugada do domingo do dia 27 de janeiro de 2013, e matou 242 pessoas e mais de 600 feridos. No local havia uma festa de formatura de estudantes da universidade federal da cidade, com apresentação da banda Gurizada Fandangueira (um dos integrantes morreu). Nela, o vocalista fez uso indevido de sinalizador, que atingiu o teto revestido de espuma irregular, em pleno ambiente fechado. A saída do local era única, ou seja, não havia nada para caráter emergencial.
A maioria das vítimas morreram no banheiro, pisoteadas, onde muitos imaginavam que ali teria alguma saída para escapar do fogo.
Os donos da boate e o vocalista estão presos e foram condenados.

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No mundo ocorreu outro trágico incidente em edifício, bastante semelhante ao que vimos hoje em São Paulo. Um prédio velho e mal conservado pegou fogo no centro de Londres, em 14 de junho de 2017, matando 80 moradores. No local foram deflagradas várias irregularidades, como a fiação elétrica e um grande acúmulo de lixo no subsolo, como colchões usados, que contribuíram para a danificação da estrutura interna do prédio.

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