sexta-feira, 25 de maio de 2018

Tri seguido ou volta por cima

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CR7 X SALAH, QUEM LEVA A MELHOR?

Amanhã o mundo do planeta bola terá Kiev, capital da Ucrânia, como centro das atenções. Milhares de olhares estarão voltados para o Estádio Olímpico de Kiev, palco da grande final da Liga dos Campeões 2017-2018, sendo o evento futebolístico mais importante antes da Copa do Mundo, em junho.

De um lado, o português Cristiano Ronaldo, conquistador nato de taças e bolas de ouro, goleador absoluto do Real Madrid. Do outro, a sensação da temporada, o egípcio Mohamed Salah, que de mero coadjuvante passou a um dos principais craques da atualidade. Muito por ele, o Liverpool voltou ao protagonismo continental de tempos atrás, após períodos de ostracismo.

Real Madrid e Liverpool farão um duelo de peças-chaves de importâncias mutuas. Dentre uma constelação de jogadores que estarão no Mundial, com uma rara exceção ou outra, três brasileiros convocados por Tite estarão entre os titulares. Marcelo e Casemiro do lado madrileno, contra Roberto Firmino da terra dos Beatles.

A finalíssima oporá o talento individual contra o poder coletivo. Cristiano Ronaldo é o artilheiro pelo terceiro ano seguido de Champions, bem como quer trazer o tri consecutivo ao Real Madrid. Tem 15 gols marcados, exatamente metade do time inteiro. Do outro, o absurdamente poderoso ataque do Liverpool, que marcou "apenas" 46 gols. É o maior número já registrado na história da Liga por um único time. O trio ofensivo que tem Salah, Firmino e o senegalês Sadio Mané, juntos, anotaram 29 gols. Firmino ainda é o segundo melhor nas assistências, com 8 passes que terminaram em gol. Apenas o meia dos Pools, James Milner, está na frente com 9.

Nos comandos técnicos, estão o astro francês Zinedine Zidane, já campeão em 2016 e 2017, em seus dois primeiros anos como técnico. Do outro, o extrovertido alemão Jurgen Klopp, bem sucedido no Borussia Dortmund, onde alcançou a final em 2013 e perdeu para o rival Bayern de Munique no Wembley. Agora consagrado ao botar o Liverpool, de volta numa final depois do épico título de 2005 em cima do Milan, Klopp disputa sua terceira decisão europeia. Na outra que teve com os Pools, em 2016, perderam a Liga Europa para o Sevilla. Por coincidência, tricampeão seguido.

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CAMPANHAS

REAL MADRID

Como em 2017, apesar do bom futebol ofensivo e sempre com CR7 goleador, o Real voltou a tropeçar uma única vez na fase de grupos, suficiente para acabar em segundo lugar do Grupo H, liderado pelo Tottenham, que venceu os merengues por 3x1 no Wembley. O outro jogo foi empate de 2x2. Se serviu de consolo, o Real ganhou as duas vezes diante do Borussia Dortmund, antiga pedra no sapato (3x1 na Alemanha e 3x2 na Espanha) e goleou o cipriota APOEL (3x0 e 6x0). O Real ficou na vice-liderança com 13 pontos, contra 16 dos Spurs, melhor campanha da primeira fase. Que nada adiantou, pois caíram nas oitavas para a Juventus.

Em fase de instabilidade, ganhara mais um Mundial de Clubes, na final contra o Grêmio. Porém na semana seguinte a esse título, tomou um vareio do Barcelona no Santiago Bernabéu, o que pôs em dúvida o futuro do time e do técnico Zidane na temporada, uma vez que jogaria com o Paris Saint-Germain nas oitavas de final. E o time francês, liderado por Neymar, Mbappé e Cavani, estava no seu auge da temporada.

Mas chegaram as oitavas, e a desconfiança virou pó. De virada, CR7 comandou as ações para o Real vencer por 3x1, marcando dois gols. Marcelo fechou o placar. Na volta em Paris, outra vitória, por 2x1, quando o rival já não tinha Neymar, que sofreu grave lesão no pé e está sem jogar desde então.

Nas quartas, a reedição da final de 2017, contra a Juventus. Novamente as dúvidas viraram pó, logo em Turim, onde a Juve estava invicta em seu estádio. Com um sonoro 3x0, encaminhou a vaga. CR7 marcou um golaço de bicicleta antológico. Só que na volta, os italianos reagiram e devolveram os três gols de forma incrível. Até que no último minuto, na maior sofrência, o Real achou um pênalti (duvidoso). Lá estava o gajo para marcar o gol da classificação chorada.

E depois lá estava o Bayern de Munique novamente no caminho, como no ano passado, mas agora nas semis. E do mesmo jeitinho, veio vitória de virada por 2x1 em Munique. Na volta, empate em 2x2. Dessa vez, sem gols do português. Marcelo foi decisivo nos dois jogos. No segundo, Benzema marcou dois, contando com falha bisonha do goleiro Ulreich e tudo mais. E alcançaram a quarta final em cinco anos.

LIVERPOOL

O caminho dos ingleses foi uma fase mais longa. Começou nos playoffs, de onde vieram os primeiros dos 46 gols. O time venceu o Hoffenheim por 4x2 e 2x1. Como time do "pote 3", entrou no Grupo E, com Spartak Moscou, Maribor e o indigesto maior rival Sevilla.

Contra os espanhóis a estreia terminou mal. Após abrir 2x0, cederam o empate. Contra o Spartak na Rússia, outro empate, 1x1. Mas aí os Pools deslancharam e viraram uma máquina de fazer gols. Ainda contando com os malabarismos de Phillipe Coutinho, agora no Barcelona, o Liverpool aplicou 7x0 no Maribor, na Eslovênia. E repetiu o placar em casa posteriormente com o Spartak. Com outro empate com o Sevilla e uma vitória mais simples sobre os eslovenos, fecharam o grupo com 12 pontos e em primeiro lugar.

O bom futebol ofensivo continuou no mata-mata. Fez um impressionante 5x0 no Porto, na casa deles, com três gols de Mané. Segurou o empate sem gols para administrar no outro jogo.

Depois veio o clássico com o forte Manchester City de Pep Guardiola, absoluto campeão inglês da temporada com 100 pontos. Mas que não foi forte o suficiente para combater o poderoso ataque do Liverpool, se agigantando cada vez mais. No primeiro jogo no Anfield, 3x0 fora o baile, com show de Salah e Firmino. Na volta, nova vitória, agora por 2x1.

Depois, fizeram uma das semifinais mais épicas dos últimos anos, contra uma embalada Roma, que vinha de incrível classificação diante do Barcelona. Foi um show a parte de ambos os times, em seus domínios. Na Inglaterra, o Liverpool aplicou o chocolate. Abriu 5x0 com dois de Salah, dois de Firmino e um de Mané. E se deram ao luxo de tomar dois gols depois. Na Itália, a Roma foi empurrada ao máximo pela torcida para virar mais uma partida improvável. Não conseguiram, mas foi bem perto: 4x2, e a primeira derrota inglesa na competição. Mas sem estresses, o time de Klopp estava de volta à final após 13 anos. E quer repetir 2005, quando venceu o Milan nos pênaltis de forma épica, após chegar a perder por 3x0 e buscar o empate.
Gerrard, Xabi Alonso, Smicer e o goleiro Dudek fizeram história naquele time.

Veja as prováveis escalações da grande final:

REAL MADRID: Navas; Carvajal, Varane, Sergio Ramos e Marcelo; Casemiro, Kroos, Modric e Isco; Benzema e Ronaldo: Técnico: Zinedine Zidane

LIVERPOOL: Karius; Robertson, Van Dijk, Dejan Lovren e Alexander Arnold; Henderson, Wijnaldum e Milner; Salah, Mané e Firmino: Técnico: Jurgen Klopp

Árbitro: Milorad Mazic (Sérvia)      Estádio Olímpico NSK de Kiev
15h45 (Brasília)

Globo, Band e Esporte Interativo transmitem ao vivo.

Quem será o campeão europeu da temporada? Descubra amanhã!

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