quarta-feira, 13 de junho de 2018

Os Grupos!

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Falta pouco! Amanhã a bola começa a rolar para a 21° edição da Copa do Mundo FIFA. Com o adendo especial para celebrar o seu começo é que, amanhã, em sua véspera, será anunciada a sede (ou sedes) da Copa de 2026, que seria a primeira da história a contar com 48 seleções.
A candidatura tripla envolvendo Estados Unidos, México e Canadá é a favorita.

Como falta muito tempo, vamos falar de Rússia 2018 mesmo. Aqui vai o post especial, com uma análise das 32 seleções que disputarão o Mundial. Qual seu grau de favoritismo ao título? Quem será a surpresa, a decepção? Tudo poderá ser difundido por aqui!

Pra quem não se lembra ou não está ligado ainda, vamos refrescar os oito grupos abaixo. Cada seleção será representada por UMA palavra, de acordo com seu atual momento e qual perspectiva tem pela frente.

OS OITO GRUPOS
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(FOX SPORTS)

A TABELA DE JOGOS
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(BBC BRASIL)

GRUPO A

Salah contra Suarez, um duelo de imponentes atacantes


RÚSSIA: DESCONFIANÇA
ARÁBIA SAUDITA: ZEBRA
EGITO: CANDIDATA
URUGUAI: ADIANTADA 

A anfitriã Rússia é o maior país territorial do mundo a receber à Copa. Em alta no turismo, nem tanto no futebol. Aliás quase nada. Sem disputar Eliminatórias, a seleção russa investiu em amistosos sempre no estádio Luzhniki, na maioria deles contra campeões do mundo. Porém, foi um relativo fracasso, já que não vence há sete jogos. Os revés mais recentes, neste ano, foram contra Brasil e França. Sem falar que ficaram no empate contra Áustria e Turquia, que não se classificaram.
A esperança dos donos da casa está no centroavante FEDOR SMOLOV, jogador do Krasnodar. Entre os mais experientes estão Alan Dzagoev e Yuri Zhirkov. Tem ainda um brasileiro naturalizado no meio do elenco: o lateral Mario Fernandes, revelado pelo Grêmio. O técnico é Stanislav Cherchesov. 

A Arábia Saudita vai a sua quinta Copa, estando de volta nela após ausências nos dois últimos Mundiais. Em sua primeira participação, foi muito bem, chegando as oitavas em 1994. De lá para cá, só caiu na primeira fase e sempre levando alguma goleada (8x0 da Alemanha em 2002, por exemplo). É a potencial zebra do grupo e não tem muita perspectiva de ir longe, mesmo com boa campanha na eliminatória asiática. De lá tem o artilheiro com 16 gols, MOHAMMAD AL SALAWHI. A Arábia se classificou com o holandês Bert Van Marwijk, mas esse não renovou contrato e está na Austrália. Veio o argentino Edgardo Bauza, que fracassou em três amistosos e caiu. Agora, quem comanda é seu compatriota, Juan Antônio Pizzi, campeão da Copa América pelo Chile.

O Egito vai para sua terceira participação apenas, mas cheio de moral e esperanças para uma boa impressão. Se em 1934 e 1990 (ambas as edições na Itália) não arranjou nada, agora em 2018 tem chance de ser diferente. Afinal, a seleção faraônica é a maior campeã africana com sete títulos e finalista da última edição da Copa Africana. E tem dentre jogadores importantes Elneny, Ali Gabr, Ahmed Hassan e o super veterano goleiro Essam El-Hadary, que será o jogador mais velho a atuar numa Copa, aos 45 anos. Mas ninguém é maior destaque do que o REI, a maior sensação da última temporada europeia: MOHAMED SALAH, grande destaque do vice-campeão europeu Liverpool, que alcançou excelentes 43 gols e se tornou ídolo. Foi dele o gol da classificação egípcia, após 28 anos de ausência. Mas, na final da Liga dos Campeões, uma lesão no ombro abreviou seu fim de temporada. Ele é dúvida para a estreia egípcia contra o Uruguai, em jogo-chave que deve mudar os rumos do Grupo A. O técnico é o também argentino Héctor Cúper.

Enquanto isso o Uruguai é o maior favorito para liderar a chave. Sortuda no sorteio, quer provar da sua força em campo, contando com suas recentes boas participações. Em 2010, desacreditada, chegou a um honroso quarto lugar e encantou o pais. Desde lá, sai a dupla de ataque poderosa, Edinson Cavani e LUIS SUÁREZ. O matador e polêmico atacante do Barcelona fez gols importantes em 2010 e teve altos e baixos em 2014. Heroi na vitória contra a Inglaterra. Escrachado na classificação contra a Itália, após dar uma mordida inexplicável no zagueiro Chiellini. A Celeste caiu nas oitavas e sentiu sua ausência. Agora em 2018 quer provar ser diferente. No comando está Óscar Tabarez, o mais velho dos técnicos (71 anos), e que treina a Celeste desde 2006. Será sua quarta Copa, contando a de 1990.

GRUPO B

CR7 X INIESTA, DUPLA DE FAVORITOS



PORTUGAL: ENGAJADO
ESPANHA: FÚRIA
MARROCOS: SEDE
IRÃ: NEUTRA

Portugal e Espanha agitam o Grupo B dessa Copa, em confronto já nesta sexta-feira.

Os lusitanos vem com moral na posição de cabeça-de-chave, e muito pelo bom retrospecto recente e possibilidade de deixar para trás a má campanha de 2014. A equipe conquistou de forma histórica a Eurocopa em 2016, vencendo a anfitriã da época, França, na prorrogação. Nas Eliminatórias, venceu bem em jogo decisivo contra a Suíça para carimbar a vaga direta. A geração atual é capitaneada pelo melhor do mundo, CRISTIANO RONALDO. Portugal conta ainda com jovens debutantes, como João Mário, Bernardo Silva, Gelson Martins. E veteranos com destaque para Ricardo Quaresma, firme em importantes clubes europeus, campeão europeu pelo Porto em 2004, mas que somente agora irá disputar sua primeira Copa. O técnico também é destacado pelo título da Eurocopa e retrospecto recente. Fernando Santos, na última Copa, levou a Grécia às oitavas de final de maneira inédita.

A Espanha vem com Fúria, como diz seu próprio apelido, para 2018, para apagar o fracasso da última edição, em que defendia o título conquistado em 2010. Apagar principalmente o 5x1 que tomou da Holanda, adversária da histórica final na África do Sul. Para isso o técnico Julen Lopetegui conta com jogadores que vem da boa geração iniciada em 2006. ANDRES INIESTA, autor do gol do título de 2010, é o principal, juntamente com a famosa zaga de Sergio Ramos e Gerard Pique. Na frente, três brasileiros naturalizados se destacam: Diego Costa, Thiago Alcântara e Rodrigo Moreno. O goleiro da vez é David de Gea, do Manchester United.
ATUALIZAÇÃO: pouco após esta reportagem ser atualizada, a Espanha surpreendeu ao anunciar a saída de Julen Lopetegui, somente dois dias antes de sua estreia. Agora, o técnico será Fernando Hierro.

De volta após 20 anos, o Marrocos quer ser a surpresa no grupo que tem os europeus favoritos. E pensar que os três fazem uma breve fronteira um com o outro. Com uma campanha bem consistente no qualificatório africano, os marroquinos deixaram para trás a forte Costa do Marfim. O time é comandado pelo francês Hérve Renard, duas vezes campeão africano com Zâmbia (2012) e a própria Costa do Marfim (2015), comprovando sua fase muito bem-sucedida, onde quer que passe. Entre os jogadores, destaque para o zagueiro MEHDI BENATIA, da Juventus. Achrar Hakimi (Real Madrid), Nabil Dirar e Amil Boutaib são outros nomes importantes.

Fechando o grupo tem o Irã, que vai para sua quinta participação e quer melhores resultados. Até hoje só tem uma vitória, contra os Estados Unidos em 1998. Os Persas terão o português Carlos Queiroz no comando pelo segundo torneio consecutivo, já que está no comando desde 2011. Seu principal jogador é o atacante SARDAR AZMOUN, camisa 20, que já marcou 23 gols em 31 jogos pela sua seleção. O atacante atua no Rubin Kazan, ou seja, conhece a Rússia na palma da mão.

GRUPO C

FRANCESES CAROS E PODEROSOS


FRANÇA: PROMESSA
AUSTRÁLIA: VELHA
PERU: RETORNO

DINAMARCA: UNIÃO

Europeus favoritos contra volta de emergentes

Os Le Bleus chegam à Rússia entre os favoritos mais cotados. Com uma geração forte de jovens talentos, a França tem ainda um grupo acessível para passar de fase com boa campanha. Para isso o time do técnico Didier Deschamps, capitão do título em casa em 1998, tem como principal craque o meia PAUL POGBA, do Manchester United, o melhor jogador jovem na Copa no Brasil. E agora, Kylian Mbappé é fortíssimo candidato a faturar esse troféu. Revelado no Monaco e agora destaque no rival PSG, o garoto de apenas 18 anos é um dos mais precoces talentos da atualidade. Outro grande nome é o centroavante Antoine Griezmann, artilheiro da Eurocopa e terceiro melhor do mundo em 2016. Sem falar em Dembelé, Varane, Kanté... É tanto nome que Deschamps ainda "se deu ao luxo" de deixar outros de fora, como Benzema, Martial, Lacazette...

A Austrália (ou Socceroos) chega a seu quinto Mundial, o quarto consecutivo. Comandados pelo holandês finalista em 2010, Bert Van Marwijk, que classificou a Arábia Saudita, a equipe é a menos cotada para avançar de fase. Tem como destaque o veterano de 38 anos TIM CAHILL, que chega à sua quarta Copa. Foi o autor dos dois gols da suada vitória contra a Síria na repescagem asiática (apesar do país ser da Oceania), e depois fundamental na repescagem final contra Honduras.

PAOLO GUERRERO, anotem esse nome. Pode não estar na foto acima, mas certamente é o principal nome do Peru, que volta à Copa após 36 anos de ausência, no maior jejum de todas as seleções. A classificação histórica diante da Nova Zelândia foi sem a presença do camisa 9 do Flamengo, que foi suspenso por doping. Está ainda, mas poderá cumprir após a participação peruana, para felicidade da torcida, que o reverencia como maior atleta da história do país. Christian Cueva, do São Paulo, e Miguel Trauco, tambem do Flamengo, são outros destaques. O Peru deve rivalizar com a Dinamarca, seu adversário de estreia, pela segunda vaga do Grupo C. O técnico é o argentino Ricardo Gareca, ex-Palmeiras.

A Dinamarca volta após oito anos, para sua quinta Copa. Com o veterano técnico norueguês Age Hareide, classificou o time mesmo na repescagem, mas com autoridade: 5x1 em cima da Irlanda, na casa deles, de virada. O maior responsável veste a camisa 10. O meia CHRISTIAN ERIKSEN, do Tottenham, lidera uma promissora geração, que ainda conta com os atacantes Dolberg e Sisto, além do zagueiro do Chelsea, Christensen. Quer reviver os tempos que tinha o apelido de "Dinamáquina", quando em 1986 goleou o Uruguai por 5x1 na sua primeira Copa. Fora que aquela geração antiga esteve presente em outra conquista: a Eurocopa de 1992.

GRUPO D

MESSI EM BUSCA DO OURO

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ARGENTINA: JEJUM
ISLÂNDIA: ESTREANTE
CROÁCIA: RESPEITO
NIGÉRIA: EXTRAVAGANTE


Agora acaba o jejum de títulos, Argentina?

A Argentina vai ao Mundial sob desconfiança e na tentativa de acabar com uma incômoda seca. Desde 1993 sem um título profissional, os Hermanos tem a sede de acabar com o jejum. E o regente do elenco a "carregar peso nas costas" é o camisa 10 LIONEL MESSI. Ídolo do Barcelona, liderará a seleção mais uma vez na sua quarta Copa. A última foi sua melhor, com o vice-campeonato e ainda com o prêmio de melhor jogador. O ciclo foi conturbado por si só, já que amargaram outros dois vices seguidos contra o Chile, em duas Copas Américas. Messi chegou a anunciar sua aposentadoria da seleção, mas foi convencido a voltar atrás. Sorte da torcida, pois ele foi o responsável direto pela sofrida classificação, após campanha irregular nas Eliminatórias. A Argentina ainda conta com um setor ofensivo de qualidade, com Angel Di Maria, Sergio Aguero, Paulo Dybala e Gonzalo Higuaín. O treinador é Jorge Sampaoli, marcado por brilhante passagem no Chile, com quem ganhou uma das Copas Américas.

Badalada estreante, a Islândia pode ser uma das surpresas. A julgar pelo que fez quando também debutou na Eurocopa em 2016. Chegou as quartas de final, só isso! Perderam para a anfitriã França, mas deixaram a Inglaterra no caminho, por exemplo. O país será o menor do mundo em número de habitantes a disputar uma Copa. Mas sua torcida por si só falará muito por seus 345 mil habitantes. O característico grito de guerra de "HU" deverá se repetir durante os jogos. Lembrando que nas eliminatórias classificaram-se por vaga DIRETA, deixando Croácia, Turquia e Ucrânia para trás. Reencontrarão os croatas em duelo essencial que pode valer uma segunda vaga. Em contrapartida, a equipe não foi muito bem nos amistosos recentes. O último deles foi um empate em 2x2 com Gana, após sair vencendo por 2x0. Seu principal jogador é GYLFI SIGURDSSON, do Everton. O treinador é Helmir Hallgrimsson. Aliás, a equipe inteira da Islândia tem seus membros com nomes terminados em "son".

A Croácia reencontra os islandeses no interessante Grupo D, e dessa vez tem leve vantagem por cima. Com um time compacto e consistente, poderá enfim repetir o grande êxito que teve na sua estreia em 1998, quando se difundiu da antiga Iugoslávia. De cara pegou um terceiro lugar que surpreendeu o mundo. Nas Copas seguintes que disputou, não passou da primeira fase. Os croatas tem basicamente o mesmo setor ofensivo entre os titulares, comandados pelo meia do Real Madrid, LUKA MODRIC. O "rival" Ivan Rakitic, que joga no Barcelona, é outro comandante de criação. Na frente, Mario Manduzkic é o homem-gol. O técnico é o bósnio Zlatko Dalic.

Por fim, a Nigéria seria um "azarão" de qualidade. E com certa extravagancia pela frente, a julgar por um de seus uniformes chamativos para disputar os jogos, lembrando o modelo que chamou atenção em 1994, ano de sua primeira Copa. Nessa edição e em 1998, brilharam, chegando às oitavas de final. E uma curiosidade a parte: em seu sexto Mundial, será a quinta vez (quarta seguida) que os Águias Negras terão a Argentina em seu grupo. Parece um caso de amor. A equipe do técnico alemão Gernot Rohr tem como destaque o meia VICTOR MOSES, do Chelsea. As esperanças de gols estão em Iwobi e Iheanacho, também do futebol inglês, sem falar no veterano meia John Obi Mikel. A Nigéria foi a melhor campanha africana dos classificados, ao passar em um difícil grupo que tinha Camarões, Argélia e Zâmbia como adversários.

GRUPO E

O CAMINHO PARA O HEXA



BRASIL: RENOVAÇÃO
SUÍÇA: FERROLHO
COSTA RICA: SURPRESA
SÉRVIA: FORTALEZA


RUMO AO HEXA, NO CAMINHO CERTO E SEM FREIO

VAMOS FALAR DO BRASIL COM LETRA MAIÚSCULA MESMO. DEPOIS DO 7X1, DESILUSÕES A PARTE COM A FRACASSADA VOLTA DE DUNGA, VEIO TITE E SE RESGATOU O GOSTO DE VER O FUTEBOL BRASILEIRO. DE DESACREDITADA, CHEGOU LONGE E FOI A PRIMEIRA SELEÇÃO CLASSIFICADA NA RÚSSIA DENTRO DE CAMPO. LIDERANÇA ABSOLUTA NAS ELIMINATÓRIAS. QUER MAIS?
O craque continua sendo NEYMAR, agora na condição de jogador mais caro do mundo pelo PSG. Nem mesmo uma grave lesão que o tirou de campo por três meses atrapalhou os planos. Nos últimos amistosos, o camisa 10 jogou como nunca e vem inteiro para essa disputa. Phillipe Coutinho é outro jovem destaque, juntamente com Willian e a promessa jovem Gabriel Jesus, que vestirá a 9. Um conjunto completo e de qualidade que, sim, está bem cotada para trazer a taça. Vamos Brasil!

Agora os adversários do Grupo E, relativamente tranquilo. Primeiro vem a Suíça e seu característico jogo defensivo, que nunca foi de tomar gols. Apesar de em 2014 ter levado 5x2 da França, a equipe do bósnio Vladimir Petkovic mantém o chamado "ferrolho". Visto que funcionou em 2006, quando saiu daquela Copa nas oitavas sem ter levado nenhum gol. Em 2010 levou um, e ainda assim caiu na primeira fase por azar (ganharam na estreia da Espanha, que seria a campeã). Mas não é só de defesa que vive a Suíça. Tem sim bons nomes do meio para frente, não sendo a toa o sexto lugar no ranking da FIFA (podia ser um cabeça-de-chave). O destaque é XHERDAN SHAQIRI, que atua no Stoke City e tem entrosamento em dia com Granit Xhaka, do Arsenal. Na frente tem Haris Seferovic.

A sensação da última Copa vem aí de novo, só que mais enfraquecida. A Costa Rica foi a grande surpresa em 2014, quando liderou de forma incrível um grupo com três campeãs mundiais (Uruguai, Inglaterra e Itália), e parando só nas quartas contra a Holanda, nos pênaltis. Depois do grande sucesso, manteve seu bom futebol nas eliminatórias da CONCACAF, classificando sem maiores sustos. Boa parte daquele elenco foi mantido. O problema é que essa parte, em maioria, vem de fracas temporadas e podem não estar em dia com os entrosamentos. O principal jogador é o goleiro do Real Madrid e tricampeão europeu, KEYLOR NAVAS. Nem vai levar muito em conta as falhas que chegou a cometer nos grandes jogos dos espanhóis. No setor ofensivo, Bryan Ruiz é apto em marcar gols, ao lado de Joel Campbell, que por sua vez pode amargar a reserva, pois de 2015 para cá tem apenas 10 gols marcados pelos clubes que jogou. O técnico é Óscar Ramírez, que enfrentou o Brasil como jogador na Copa de 1990, na Itália.

Para encerrar a fase, a cascuda Sérvia. Com outro bósnio de treinador, Mladen Krstajic, que assumiu ainda esse ano, a equipe enfrenta problemas internos para decidir seu capitão. Fora isso, tem em mãos um elenco qualitativo, de importantes destaques no cenário mundial, que valeu uma campanha consistente nas eliminatórias. O principal deles é o meia NEMANJA MATIC, do Manchester United, por conta de sua técnica e inteligência nas jogadas. Aleksandr Kolarov se destacou ao levar a Roma as semifinais europeias. Na frente, Milinkovic Savic e Mitrovic são as bolas da vez. Vale lembrar que alguns selecionados estiveram no título sérvio do Mundial Sub-20 de 2015, conquistado exatamente contra o Brasil. Gabriel Jesus estava presente naquela final. Que sejam vingados.

GRUPO F

LÁ VEM ELES DE NOVO...


ALEMANHA: PLANEJAMENTO
MÉXICO: QUENTE
SUÉCIA: FRIA
COREIA DO SUL: DIFICULDADE


Favoritos alemães podem assistir de camarote uma boa briga no segundo lugar

A tetracampeã do mundo vem aí para mais uma aula de bom futebol, se assim for. A Alemanha é mais uma das candidatas ao título. Assim como em 2014, terá pela frente um grupo cascudo com seleções das mais tradicionais. O que não deverá ser problema para o técnico Joachim Low, em seu terceiro Mundial. Ainda mais renovada, seguindo-se a linha de planejamento que vêm de longo prazo desde os anos 2000, primordiando as categorias de base, os alemães tem como principal jogador hoje o volante TONI KROOS, do Real Madrid, como peça-chave do meio-campo e exímio passador de bola. Com dois gols marcados no 7x1 em cima do Brasil, tem-se ainda mais respeito pelo seu controle de bola e tudo mais. Se peças importantes de 2014 saíram, elas deram lugares a jovens promessas de sucesso, como Kimmich e o centro avante Timo Werner. Já dos mais veteranos, tem o "ainda jovem" Thomas Muller, que potencialmente poderá alcançar o compatriota Miroslav Klose na artilharia histórica das Copas. Se Klose chegou a 16, Muller já tem 10. E tem apenas 28 anos. Tomem cuidado, porque lá vem eles de novo!

Quinto país que mais disputou Copas, o México está aí novamente para ser atrativo como nunca. Pena para eles estar num grupo relativamente complicado, embora tenham condições de brigar pela segunda vaga e, desde sempre, chegar às oitavas, onde vem caindo desde a edição de 1994. O técnico colombiano Juan Carlos Osório, ex-São Paulo, extrai o que pode de melhor depois de uma tranquila classificação. O ciclo inicial não foi lá dos mais fáceis, afinal, La Tri chegou a perder por 7x0 do Chile numa Copa América. Mas passou, e o time se reergue. Seu maior nome é JAVIER HERNANDEZ, atualmente no West Ham, mas que teve seu auge no Man. United. Aos 30 anos ainda pode dar muito gás ao ataque. Mais atrás, nomes como Hector Herrera, Giovani dos Santos e Carlos Vela se destacam. E ainda tem o veteraníssimo zagueiro Rafa Márquez, que aos 39 anos chegará a sua quinta Copa do Mundo, igualando o recorde de disputas com o compatriota Antônio Carbajal, Lottar Matthaus e Gianluigi Buffon.

De volta após 12 anos, a Suécia vem com moral no alto, pois no ato da classificação deixou ninguém menos que a Itália, tetracampeã mundial, para trás, após segurar um 0x0 sofrido na casa da malfadada geração italiana. Os escandinavos, no entanto, não estão tão fortes em relação as ultimas participações, sem ter a presença de Ibrahimovic, célebre atacante que passou por diversos grandes clubes, mas agora está em fim de carreira no futebol norte-americano. Dentro da atual seleção, o destaque é o camisa 10 EMIL FORSBERG, do Leipzig, ascendente clube alemão. Outro nome importante é o zagueiro do United, Victor Lindelof. Toivonen e Durmaz são outros destaques da renovada geração sueca. O treinador é Janne Andersson.
Azarão do grupo, a Coreia do Sul vem com sede de brigar pela segunda vaga e calar os críticos, mesmo não estando na melhor das suas fases. Quer relembrar 2002, na condição de país-sede, em que alcançou o quarto lugar. O técnico Shin Tae Yong tem nas mãos um elenco de 27 anos de idade média. O principal jogador, facilmente, é o camisa 7 SON HEUNG MIN, um dos titulares absolutos do Tottenham, marcando 18 gols na última temporada.

GRUPO G

JOVENS GERAÇÕES


BÉLGICA: JOVEM
PANAMÁ: PASSEIO
TUNÍSIA: BEIRADA
INGLATERRA: GERAÇÃO


Duelo de jovens gerações para favorecerem os europeus

A promissora geração da Bélgica tem um novo capítulo a escrever neste ano. Tão comentada em 2014, até chegou as quartas de final, mas sem empolgar muito. Agora em um grupo bem acessível, o time belga, comandado pelo espanhol Roberto Martínez, contará com inúmeros jogadores de ponta, e um sistema ofensivo qualitativo, prometendo dar muito trabalho aos demais grandes. O principal jogador é o camisa 10 EDEN HAZARD, do Chelsea, habilidoso nos passes, dribles e chutes. Com as mesmas características vem pelas beiradas Kevin De Bruyne, muito bem-sucedido no Manchester City. E fora outros importantes nomes de frente, como Dries Mertens, Romelu Lukaku e Moussa Dembelé, sem falar no goleiro Courtois. O capitão ainda deve ser o experiente zagueiro Vincent Kompany.

Enquanto isso, diferente da promissora Islândia, a outra estreante da Copa não parece ter muita perspectiva de fazer sucesso. Panamá estará simplesmente "a passeio". Classificou-se de forma direta e heroica na CONCACAF, deixando Estados Unidos de fora. Só por isso e um pouco mais, será um grande feito para a equipe composta por muitos veteranos, tendo alguns jogadores convocáveis desde 2001. O colombiano Hernán Gómez quer extrair o melhor dos jogadores, como um vasto experiente por ineditismo. Foi ele também que levou o Equador a sua primeira Copa, em 2002. O melhor jogador é o zagueiro de cabeleira exótica, ROMAN TORRES, que atua no Seattle Sounders. Outro Torres de destaque está na frente, Gabriel Torres, que marcou o gol da classificação. O jogador mais caro, Ismael Díaz, atua somente na terceira divisão espanhola.

A Tunisia poderá fazer as vezes de Panamá e ser outra coadjuvante do Grupo G. Comandados por Nabil Maaloul, a seleção, que foi a primeira africana na história a vencer uma partida de Copa (1978, 3x1 no México), chega a seu quinto Mundial crente de uma boa campanha que fez nas eliminatórias, estando em um grupo relativamente tranquilo. Seu principal nome é o atacante WAHBI KHAZRI, do Rennes.

Por fim, marca-se o duelo de gerações jovens. A Inglaterra duelará com Bélgica, provavelmente, para ver quem deve liderar este grupo. E quer dar a volta por cima, depois de sucumbir para a Islândia na última Eurocopa. Fez uma eliminatória consistente e classificou rapidamente, bem como a própria Bélgica. A atual geração é liderada pelo jovem atacante e matador HARRY KANE, ou "HurriKane" como é carinhosamente conhecido no Tottenham. Com apenas 24 anos, terminou a última temporada marcando 41 gols, número bastante expressivo. Desbancou Cristiano Ronaldo e Messi numa recente disputa pela Chuteira de Ouro. A Inglaterra é a única seleção com 100% de jogadores atuantes em seu país. Os outros nomes de destaque são Dele Alli, Danny Rose, Eric Dier e Jamie Vardy. Só o último não atua no Tottenham. O técnico é o ex-jogador Gareth Southgate.

GRUPO H

NÃO TEM CAMPEÕES DO MUNDO


POLÔNIA: VOADORA
SENEGAL: REPETECO
COLÔMBIA: OFENSIVA
JAPÃO: HORIZONTE

Sem campeões, é o grupo mais em aberto

Mais uma seleção que volta à Copa após 12 anos. A Polônia, na condição de cabeça-de-chave como oitava no ranking da FIFA, chega firme para brigar pela primeira vaga da última chave. Adam Nawalka é seu técnico, e ele contará com nomes de respeito, de trás para frente. O principal é o centroavente ROBERT LEWANDOWSKI, do Bayern. Maior artilheiro da história polonesa, o camisa 9 quer manter seu atual faro de gols afiado, estando sempre na casa dos 40 nas recentes temporadas. Seu companheiro de ataque, Milik, não deixa por menos. Outros destaques são o meia Krychowiak e o goleiro "impronunciável" Szcseny.

O Senegal vem de mala e cuia para boas expectativas em seu segundo Mundial. Tudo para repetir a primeira vez, em 2002, quando surpreenderam o mundo ao ganharem da França na abertura e chegarem às quartas de final. No grupo acessível, tem condições de passar de fase novamente, apesar de não serem favoritas. Tem o técnico Alliou Cissé na condição de mais jovem dos treinadores (42 anos), que extrai um consistente trabalho. A equipe só perdeu uma vez desde janeiro do ano passado. Destaque principal para o meia-atacante habilidoso SADIO MANÉ, do Liverpool. Coulibaly e Baldé são outros nomes que poderão dar trabalho. O destaque estatístico é que todos os 23 convocados atual fora de seu país. O contrário da Inglaterra.

Junto com os poloneses, a Colômbia é potencial favorita à primeira vaga, mantendo-se a maior parte da equipe que brilhou em 2014, chegando ao quinto lugar na sua melhor classificação geral na história. Novamente no comando do argentino José Pekerman. A equipe tem como destaque principal o meia JAMES RODRIGUEZ, artilheiro da última Copa com 6 gols. O jogador do Bayern quer repetir suas boas atuações na companhia de Juan Cuadrado, Arias e o goleiro Ospina. E ainda por cima, reforçada pelo centroavante Falcao García, ausente na última edição por conta de uma lesão. Dessa vez está inteiro.

Para encerrar, o Japão é o que corre por fora. Na sua sexta Copa seguida, quer alcançar as oitavas de final como em 2002 e 2010, na consistência e calmaria do futebol oriental. O comando técnico, no entanto, ainda necessita de adaptações, porque houve troca recente de comando. Assumiu o veterano Akira Nishino. Ao menos ele estreitou relações com o destaque recorrente de anos anteriores, o meia SHINJI KAGAWA, do Borussia Dortmund. Ele conta com boa parceria com Keisuke Honda, que atualmente defende o Pachuca do México.

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Termina aqui as breves análises e raios-x das 32 seleções. Agora vai o recado ao torcedor apaixonado. Aproveitem, que será mais uma Copa de marcar muita época para as torcidas, seja em família, seja nos bares e muitas reuniões, ou mesmo diante da rapidíssima internet, onde uma enxurrada de "memes" devem fazer parte da programação jornalística dos esportes, ao longo de um mês.

QUE COMECEM OS JOGOS!

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