quarta-feira, 17 de outubro de 2018

A IMAGEM DO CRUZEIRO RESPLANDECE



Daniel Teixeira/Estadão

Corinthians1X2Cruzeiro

1993 1996 2000 2003 2017 2018

AZUL CABULOSO!

CRUZEIRO BATE CORINTHIANS EM NOITE DE "VAR" E É HEXA DA COPA DO BRASIL

É hexa! O Cruzeiro é o dono da Copa do Brasil!
Cabuloso como seu apelido, os mineiros faturaram o sexto título da competição, se isolando de vez como o maior campeão. Ainda foi um bicampeonato seguido, algo inédito na história da CB.

O feito se concretizou nesta noite em plena Arena Corinthians. Diante de 46.579 torcedores, com uma renda recorde de mais de 5 milhões de reais, a Raposa venceu o Corinthians por 2x1, em noite que o árbitro de vídeo teve participação determinante. E o gol do título veio do outro lado do mundo, literalmente. O uruguaio Arrascaeta voltou do Japão, de onde sua seleção havia perdido ontem de manhã por 4x3 para os nipônicos. O voo ainda fez escala em Dubai, até chegar a São Paulo durante a tarde. Deu tempinho de descansar e tudo, até a hora de ser decisivo. Isso conto mais pro final do resumão!
Fábio, Dedé, Léo, Henrique, Ariel Cabral, Robinho, Barcos e companhia fazem parte da galeria do velho novo campeão. Encabeçada pelo seu chefe e estrategista, Mano Menezes, que crava o seu terceiro título na competição. Só fica atrás de Luiz Felipe Scolari, dono de quatro taças, e a quem Mano eliminou nas semifinais. Máximo respeito gaúcho.

O JOGO E O VAR

A festa da finalíssima foi gigante, com apoio maciço dos corintianos que lotaram a arena em Itaquera, e muitos fogos pirotécnicos. Já as escalações deixaram desconfianças dos lados. O Timão investiu com um trio de ataque, com Romero, Emerson Sheik e Jonathas. Já o time de Mano pouco mudou em relação ao primeiro jogo. No mais tinha Arrascaeta no banco.
Dentro do jogo, contudo, o Cruzeiro foi dominante na maior parte. Nos 20 minutos de jogo já chegava com mais perigo. E aos 27, desenhava-se o hexa. Após vacilo de Léo Santos, que quis dominar na lateral e perdeu bobamente a bola para Rafinha, Barcos driblou e acertou o chute na trave. A bola caprichosamente encontrou Robinho, que conferiu no rebote. 1x0 e o título mais perto.
E ainda tinha mais chances. Logo depois, Dedé acertou cabeçada no poste. Do outro lado, o Timão chegava pela primeira vez com perigo. Em um "testaço" de Henrique, a bola triscou no pé da trave e saiu. Foi um raro erro de marcação da zaga celeste. A dupla Dedé e Léo esteve impecável.

No segundo tempo, o VAR assumiu o protagonismo da noite. Aos 7 minutos, um toque sutil de Thiago Neves em Ralf, que já caia na área. Após minutos de conferência, o árbitro de campo Wagner Nascimento Magalhães (RJ), junto ao comandante do vídeo, Wilton Pereira Sampaio (GO), deu pênalti. Contestável, no mínimo, mas deu. Jadson foi para a cobrança e deixou tudo igual, reacendendo as esperanças da torcida. A ovação com a chamada do garoto Pedrinho para o jogo era nítida. E assim como contra o Flamengo, o meia correspondeu. Novamente de longe, aos 23 minutos, acertou um golaço sem chances para Fábio. Era a virada corintiana. ERA!
O VAR foi acionado novamente, e o árbitro acusou e confirmou: em lance anterior, Jadson fez falta em Dedé e o gol foi anulado. Também contestável.. o meia acertou o zagueiro de leve, no peito, mas o mesmo levou as mãos ao rosto, simulando agressão, assim que Pedrinho tinha feito o gol.

É isso, duas interpretações duvidosas que mexeram nos rumos do jogo, para ambas as partes.

O Corinthians sentiu o golpe da anulação, mas continuou para cima em busca de levar a decisão aos pênaltis. Na calmaria, o Cruzeiro segurava a pressão, com Dedé desarmando tudo. Raniel e Arrascaeta entraram e deram mais movimento ao ataque. O atacante exigiu boa defesa de Cássio. E o uruguaio desequilibrava, mesmo vindo do lado oposto do mundo.
E aos 37 minutos, não deu outra. Contra-ataque certeiro iniciado por trás, Raniel ganhou na marcação e passou para Arrascaeta. Livre, o uruguaio tocou na saída de Cássio, com cavadinha e tudo, e matou o jogo. GOLAÇO, MAIÚSCULO! É o do título!
E mesmo com sete minutos de acréscimos, não havia muito a se fazer até o apito final. Deu Cruzeiro campeão mesmo, na competência e na estratégia. Muito pela sua perfeitíssima campanha como visitante, onde ganhou todos os jogos.

O roteiro se repete ao fim do resumão, de um ano para outro.
PARABÉNS, CRUZEIRO ESPORTE CLUBE, 6 VEZES CAMPEÃO DA COPA DO BRASIL!

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