O que se passou?

Pois é, chegou a hora de voltar à ativa!

Podem falar que demorei, hein.. mereço. E já que tive um grande período sabático, acho válido relembrar o que de melhor (e pior) aconteceu da segunda metade de 2013. Passou 2014, 2015 e agora 2016. Da maneira mais resumida possível, relembramos alguns dos marcantes acontecimentos, e também de gente que deixou saudade. Tudo em seções diferentes.

POLÍTICA

Enquanto eu não blogava...
A política, especialmente a do Brasil, vive gravíssima crise, de 2014 para cá.
Entre mudanças repentinas de comando no Governo, tiveram as prisões de alguns dos mais famosos políticos, por diversos crimes corruptivos. Assim se resume a OPERAÇÃO LAVA JATO. Tudo começou a partir do rombo financeiro que quebrou a maior empresa estatal do país, a Petrobrás. A mesma ainda junta os cacos. Empreiteiras como a Odebrecht, cujo presidente (Marcelo) encontra-se como um dos primeiros presos, também foram envolvidas no caso. Vários presos famosos, a partir do doleiro Alberto Youssef, passando pelo ex-diretor da Petrobrás, Nestor Cerveró, os ex-ministros José Dirceu, Paulo Bernardo, Antônio Palocci... Mais recentemente, o deputado cassado Eduardo Cunha, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.. e tantos outros numa infinita lista.
E nem juntando todos esses nomes citados dá jeito para combater o nome mais poderoso investigado pela Polícia Federal. Isso mesmo, LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA. O ex-presidente, antecessor de Dilma, é réu em pelo menos cinco acusações, que variam entre irregularidades de compras e nomeação de um sítio em Atibaia, e um tríplex em Guarujá.
A Lava Jato tem como investigador principal o juiz paranaense Sérgio Moro, É em Curitiba onde se encontra a maior parte dos presos.

Enquanto isso, rolaram as Eleições presidenciais de 2014, onde DILMA ROUSSEFF (PT) se reelegeu presidente, derrotando Aécio Neves (PSDB). Uma campanha eleitoral agressiva, que foi tristemente marcada pela morte de um dos candidatos presidenciáveis. EDUARDO CAMPOS (PSB) morreu em um acidente de avião em Santos (SP).

Mas o segundo mandato da petista foi tão turbulento, que sequer terminou. Por conta de "pedaladas fiscais", veio o IMPEACHMENT, desenhado por Cunha no final de 2015, concretizado em 12 de maio de 2016 (definitivamente, em 31 de agosto do mesmo ano). Assumiu o vice da chapa, MICHEL TEMER (PMDB).

E Temer não é lá muito aprovado, não, visto que adotou uma série de novas medidas para combater a crise e o mau momento econômico brasileiro, por exemplo uma reforma no Ensino Médio. E as eleições de 2018 são logo ali. 2017 ainda dará milhares de assuntos de política por aqui.

Pelo mundo a situação não é muito diferente. Na Argentina, Chrstina Kirchner deu lugar à Maurício Macri na presidência com o país carregado de dívidas econômicas. Na Turquia teve tentativa de golpe de estado que falhou. Vladimir Putin retornou há alguns anos ao poder da Rússia, mas segue causando polêmicas.

E nos Estados Unidos, o que esperar de DONALD TRUMP. De azarão foi a vencedor surpreendente. O republicano venceu a então favorita HILLARY CLINTON, do partido democrata que tem o atual presidente BARACK OBAMA. Trump venceu apenas pelo conglomerado de delegados espalhados pelo país, já que no voto popular a mulher de Bill Clinton teve 3 milhões de votos a mais, o que de nada adiantou.

Polêmico, irreverente e de topete marcante, Donald Trump ficou famoso por aparições na televisão, de ator até apresentador do reality show "O Aprendiz". Sua maior e mais polêmica promessa é a de construir um muro entre os EUA e o México, no intuito para barrar a entrada de imigrantes para o país.

Em 20 de janeiro de 2017 temos a tão aguardada transição de poder.

Para o mundo em si, a maior preocupação de todas é o combate ao terrorismo. Lamentavelmente, uma série de atentados terroristas se desencadeou nos últimos anos. Sobretudo em 2015, sobretudo em Paris. A "cidade luz" foi palco sangrento de dois ataques no mesmo ano, primeiro na sede de um jornal satírico em janeiro, e depois em novembro, em diversos pontos da capital francesa. Um saldo de 130 mortes. E lá vieram outros ataques em grandes cidades no ano seguinte. Os aeroportos de Bruxelas e Istambul... uma boate gay em Orlando... um caminhão desgovernado em Nice... fora a violência de armas de fogo, quase que diárias, vistos no Oriente Médio, especialmente na Síria.

ENTRETENIMENTO

Os últimos anos renderam altas fofocas de celebridades, e também novos produtos na televisão.

Vimos as separações de casais outrora famosos, como Brad Pitt e Angelina Jolie, Fátima Bernardes e William Bonner, Joelma e Ximbinha (Chimbinha, como preferir). Namoros que não vingaram, como da atriz Bruna Marquezine com o jogador Neymar. Até ensaiam uma volta, mas....

No pessoal e no profissional, os famosos deram muito o que falar nesse tempo.

Xuxa, eterna rainha dos baixinhos, trocou de emissora. Da Globo para a Record. A jornalista Ana Paula Padrão completou a "quadra" das principais redes de TV brasileira. Com passagens por Globo, SBT e Record, rumou para a Band para comandar o bem sucedido "Masterchef", reality show de culinária que desencadeou o crescimento de interesse de programas do segmento (enquanto que os de confinamento, como Big Brother Brasil, e musicais, declinaram). A versão brasileira do programa ganhou temporadas atrás de temporadas, de 2014 em diante, entre adultos e crianças.

E as novelas? Bem, tivemos diversos sucessos de crítica e audiência. Cronologicamente falando, começo a citar "Amor à Vida", primeira novela de Walcyr Carrasco às 21hs. O último capítulo dela marcou um inédito beijo gay em novelas da Globo, envolvendo os personagens Félix e Nico (Mateus Solano e Thiago Fragoso). A emissora ainda produziu sucessos como "Império", e outros horários viram "Além do Tempo", "Totalmente Demais" "Haja Coração".... e passa por uma crise no referido horário nobre. Nos 50 anos da Globo, comemorados em 2015, um presente de grego chamado "Babilônia" foi seguido por "A Regra do Jogo", de João Emanuel Carneiro, escritor do fenômeno "Avenida Brasil" (2012). Muito prometeu, pouco cumpriu.

Nesse meio tempo, viu a Record alcançar o estrondoso sucesso de "Os Dez Mandamentos", que alcançou a liderança com a abertura do Mar Vermelho, um marco na TV em 2015. Marcou por si só mais sucessos com as produções bíblicas, que viraram lei no canal. A trama ganhou uma segunda temporada e foi sucedida por "A Terra Prometida".

E no SBT, seguem as tramas de apelo infantil. "Carrossel", "Chiquititas", "Cúmplices de um Resgate" e agora "Carinha de Anjo". Uma incrível coincidência, todas começam com a letra C.

Ainda no mundo das celebridades, citamos o cinema, com filmes que tiveram grandes sucessos de bilheteria, em especial as animações, cada vez mais populares. "Frozen", "Minions", "Divertida Mente", "Zootopia" e "Procurando Dory" são alguns exemplos. Já entre os adultos, finalmente Leonardo DiCaprio ganhou um Oscar, por "O Regresso". Adaptações de livros para as telonas foram mais frequentes, como "50 Tons de Cinza" e "A Culpa é das Estrelas". E a saga "Star Wars" retornou com força (seja ela azul ou rosa) total.

O que esperar em 2017? A seguir cenas dos próximos capítulos.

SAUDADES

Nos últimos três anos, foram muitas as grandes perdas. Ainda em 2013, partiram o líder sul-africano Nelson Mandela (lenda das lendas), o ator Paul Walker (famoso pela franquia "Velozes e Furiosos"), e os cantores Dominguinhos e Reginaldo Rossi.

Depois, mais artistas e cantores saíram de cena para deixar saudades, listando alguns dos ídolos abaixo...
2014: em um curto espaço de tempo, saíram de cena os atores Paulo Goulart e José Wilker, mais para frente os escritores Rubem Braga, Ariano Suassuna e o colombiano Gabriel García Marquez. Foi também a perda de grandes locutores esportivos: Luciano do Valle, Osmar de Oliveira e Maurício Torres. O cinema perdeu Philip Seymour Hofman e Robin Williams. No final, o humor ficou em silêncio com a morte do mexicano Roberto Gomez Bolaños (Chespirito), criador dos personagens Chaves e Chapolin.

2015: atores consagrados: Antônio Abujamra, Cláudio Marzo, Betty Lago (partiu cedo, por causa do câncer), Elias Gleizer, Yoná Magalhães e a estrelar Marília Pêra, que iniciou carreira com 19 dias de vida. E ainda o inesperado adeus ao cantor Cristiano Araújo, que perdeu a vida aos 29 anos em um acidente de carro. O sertanejo estava no auge da carreira.

2016: severamente um ano de mais perdas :'(
Os cantores David Bowie, Prince, Elke Maravilha e George Michael (o último no domingo de Natal), o humoristas Shaolin (que sofrera um acidente de carro em 2011 e esteve em coma por cinco anos) e Ruben Aguirre, o Professor Girafales de "Chaves" e ainda os ex-jogadores Carlos Alberto Torres e Johan Cruyff, além do maior boxeador da história, Muhammad Ali.
Ainda perdemos de forma repentina o ator Domingos Montagner, nas águas do Velho Chico, local que servia de cenário para a novela de mesmo nome, do qual era o protagonista. Mais um que se foi no auge da carreira. Fora o time da Chapecoense... (vamos falar mais pra frente)

ESPORTES

Quanta coisa aconteceu no esporte.... Primeiro falemos dos outros, senão o futebol.

O Brasil encontrou em outros desportos um domínio mundial. No final de 2013, vimos as meninas do handebol conquistarem o inédito titulo mundial, em cima da Sérvia. No ano seguinte, foi a vez do surfe mostrar as caras, sendo muito bem representada pela "Brazilian Storm" (Tempestade Brasileira). Primeiro foi o jovem Gabriel Medina a conquistar seu primeiro título incontestável. Em 2015, foi a vez de Adriano de Souza, o Mineirinho.

A Fórmula 1 vê agora o domínio da equipe Mercedes, após o tetracampeonato do alemão Sebastian Vettel. Em 2014 e 2015 só deu Lewis Hamilton. No ano passado, foi a vez do companheiro, amigo de infância Nico Rosberg. Um título tão cobiçado por ele para sair por cima, tanto que se aposentou ao final da temporada. Na Fórmula Indy, destacou-se o neozelandês Scott Dixon.

Se o Brasil vai mal no automobilismo, nas lutas de MMA também vem decaindo, e aos poucos reconquistando títulos e cinturões. Se vimos as lendas Anderson Silva e o americano Jon Jones caírem no ostracismo, por causa de doping, surgem novos nomes para marcar história no UFC. José Aldo, lutador brasileiro que detinha o maior tempo de cinturão (10 anos), foi destronado pelo irlandês Conor McGregor em uma derrota acachapante, numa luta de 13 segundos. O falastrão irlandês saiu da categoria, então Aldo pode voltar aos títulos.

Enquanto isso, vemos uma nova estrela brilhar. A baiana Amanda Nunes conquistou o cinturão dos pena feminino no meio do ano, e no apagar das luzes de 2016 derrotou Ronda Rousey, então super campeã da categoria.

No Brasil só teve Copa do Mundo e Olimpíadas, num intervalo de dois anos, nem foi nada, né?

Apesar dos pesares da economia em baixa, com a saúde e a educação ainda mais em baixa, o Brasil pôde organizar com muito êxito as duas maiores competições esportivas do planeta.

Sobretudo as Olimpíadas e Paralimpíadas do Rio de Janeiro. Eventos que atraíram turistas mundo afora, em verdadeira torcida em massa pelos grandes ídolos do esporte. Passaram por aqui lendas da atualidade, como o nadador americano Michael Phelps, maior medalhista de todos os tempos, e o velocista jamaicano Usain Bolt, tricampeão nos 100, 200 e revezamento 4x100. O Brasil fez sua melhor campanha olímpica, com 7 ouros, 6 pratas e 6 bronzes.

E ainda para compensar o fracasso brasileiro na Copa, o tão sonhado ouro olímpico do futebol veio. E logo em cima da Alemanha! Abaixo explico o porque de fracasso, agora sim, comentando tudo sobre FUTEBOL.

A "Copa das Copas" foi emocionante, com grandes jogos, alto número de gols e um desfile de craques do futebol! É verdade que para o Brasil o sonho do hexa terminou em pesadelo. A Alemanha faturou o tetra, numa final difícil contra a Argentina. Não sem antes meter 7 a 1 nos donos da casa, no estádio Mineirão. O maior vexame brasileiro do futebol. Não haverá outros. Ainda perdeu o terceiro lugar tomando 3 a 0 da Holanda. Foi um melancólico adeus de Luiz Felipe Scolari, técnico do penta em 2002.

O Brasil passaria por reformulações para ter mais sucesso na próxima Copa, na Rússia em 2018. Mas dois anos foram perdidos com Dunga de técnico. Duas Copas Américas foram disputadas, em 2015 e 2016. Na segunda, o fracasso mais gritante, pois caiu na primeira fase num grupo com Peru, Equador e Haiti. Dunga caiu, Tite assumiu. O melhor técnico desde então, super campeão com o Corinthians, tratou de ajeitar as coisas para melhor, para as Eliminatórias. Seis jogos, seis vitórias, e a campanha irregular se transformou em liderança tranquila e a consequente vaga para a Copa bem encaminhada.

E as Copas Américas, quem ganhou? O Chile, duas vezes. E as duas em cima da Argentina de Lionel Messi, nas duas por disputa de pênaltis. As duas com o atacante Gonzalo Higuaín perdendo gols feitos (perdeu outro na final da Copa 2014) que poderiam findar um longo jejum de títulos da seleção profissional. Messi quase aposentou. Enquanto seu rival Cristiano Ronaldo reinou em 2016, com o Real Madrid campeão europeu (como em 2014, foi em cima do Atlético de Madrid). E surpreendentemente ganhou a Eurocopa. Com um gol de Éder, vitória de 1 a 0 na final contra a anfitriã da competição, França. Os portugueses só haviam ganhado UM dos sete jogos no tempo normal.

Entre os clubes, o continente europeu vem sendo dominado por Real Madrid e Barcelona, nas conquistas recentes de títulos europeus e mundiais. A Ásia vê o futebol chinês reinar, mais pela exorbitante grana que contém para comprar jogadores dos grandes centros, incluindo o Brasil.

Brasil que viu a última conquista de Libertadores em 2013. Foi pouco depois deste blog entrar em período sabático. O Atlético-MG superou os paraguaios do Olímpia na decisão, pelos pênaltis, para ter o inédito e histórico título. Verdade que tombou feio no Mundial do mesmo ano, ao perder para os marroquinos do Raja Casablanca (o campeão foi o Bayern de Munique), mas nada que apague essa conquista ímpar. Ainda mais ganhando a Copa do Brasil de 2014 com direito a viradas marcantes. Depois deles, vimos San Lorenzo, River Plate e Atlético Nacional ganharem o continente.

O futebol brasileiro segue em processo lento de reestrutura depois do 7 a 1, limitando-se em conquistas nacionais. Flamengo, Atlético-MG, Palmeiras e Grêmio ganharam a Copa do Brasil. Teve o bi campeonato brasileiro do Cruzeiro em 2013 e 2014. O Corinthians bateu recorde de aproveitamento nos pontos corridos em 2015. Botafogo e Vasco amargaram novos rebaixamentos (o cruz-maltino, pela terceira vez). E em 2016 foi a vez de um gigante conhecer seu primeiro rebaixamento. O Internacional, hexa gaúcho (não adiantou nada), pagou pela péssima administração de diretoria incompetente. E o Palmeiras conquistou o ênea (nono título), findando um jejum de 22 anos sem o título brasileiro, após vitória sobre a Chapecoense por 1 a 0 e....

Puxa vida, a Chapecoense....

Acompanhamos em partes a rápida e meteórica ascensão do Verdão do Oeste, orgulho de Santa Catarina, sendo vice-campeão da Série B, rumando para a elite em 2014, juntamente com Palmeiras, Sport e Figueirense.

Nos três anos de elite, nenhuma vez passou sustos com o rebaixamento, bateu de frente com os grandes da elite, até vencendo com empolgantes goleadas (como o 5x0 no Internacional e 4x1 no Fluminense, no Maracanã, em 2014). Campanhas sólidas.

Chegou ao auge da sua curta existência de 43 anos, com a final da Copa Sul-Americana, onde jogaria contra o atual campeão da Libertadores, os colombianos do Atlético Nacional.

Mas a vida nos surpreende tão negativamente como nunca. Em 29 de novembro passado, a queda do avião que transportava a delegação, comissão técnica, mais a imprensa que acompanharia mais uma história de façanha, interrompeu tragicamente os sonhos de um time em ascensão meteórica. O avião caiu próximo ao aeroporto de Medellín, na Colômbia. 71 dos 77 passageiros a bordo morreram. E sonhos foram dizimados.

Como forma de solidariedade, entre muitas homenagens, o time colombiano abriu mão do título da competição, e assim a Conmebol atendeu o pedido. A Chapecoense foi declarada campeã, e disputará a próxima Taça Libertadores. Agora com uma nova comissão técnica, novos jogadores.. uma reconstrução que se faz necessária nesse momento difícil. Mas que certamente será superado, porque nasceu uma linda história de amizade entre os clubes pela Chape. Especialmente falando dos colombianos com os brasileiros.
Nasce um novo gigante no futebol. Vamos Chape!

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Assim termina o resumão de tudo que aconteceu no meu período sabático. Entre bons e maus acontecimentos, não deixei de acompanhar todas as histórias que se seguiram.

E que 2017 seja reservado com boas novas, que nos tragam boas surpresas para quem gosta de escrever. Partimos para uma nova história, um novo ciclo que se inicia. Mais uma vez, bem-vindos ao novo Jornal da Internet. Bem-vindos a novas histórias.

O futuro começou! E que Deus nos acompanhe.