segunda-feira, 9 de julho de 2018

O que ficou bom e ruim?

Seleção brasileira após a eliminação em Kazan, para a Bélgica (Foto: Pedro Martins / MoWa Press)

SELEÇÃO VOLTA AO BRASIL SOB APLAUSOS; PELO MENOS UMA PARTE...

Neste domingo a delegação do Brasil voltou para casa, após mais um fim de sonho de conquistar o hexa, com a derrota para a Bélgica.

Salientando, uma parte dos jogadores ficou pela Europa mesmo. Alguns na Rússia, para aproveitar momentos de férias, com a temporada europeia próxima de começar. Paulinho é um desses nomes. O volante foi recontratado pelo Guangzhou Evergrande, onde jogava antes de chegar ao Barcelona, no ano passado. Outra parte parou na escala do voo de volta para casa, que foi em Madri.
E por fim, o restante desembarcou de madrugada, quase manhã, no domingo, no Rio de Janeiro. Jogadores como Neymar, Thiago Silva e Gabriel Jesus desembarcaram por aqui, além do técnico Tite. Diferente de outros retornos pós-eliminação de Copa, dessa vez houveram mais aplausos do que algum tipo de vaia, tal qual sofreu em 2006, com a constelação estrelada que sucumbiu na Alemanha.

Tite foi o mais ovacionado de alguns poucos fãs que vararam a madrugada para ver o desembarque. Ele prontamente agradeceu o carinho dos torcedores. Agora, vai decidir nos próximos dias se continuará ou não como técnico da Seleção, já que a CBF fez proposta para que ele permaneça até 2022, para disputar a Copa do Mundo no Qatar.

QUEM FOI BEM E QUEM DECEPCIONOU?

Vamos as notas da Seleção, jogador por jogador

GOLEIROS
Alisson: 5. Mas podia ser menos, pois em cinco jogos não fez UMA mísera defesa difícil. Nas bolas que vieram de chutes à gol, foi gol. Os dois da Bélgica e aquele da Suíça. Ficou devendo.

Cássio e Ederson não saíram do banco.

ZAGUEIROS
Thiago Silva: 7. Boa exibição, como único jogador a disputar a terceira Copa. Diferente dos choros de 2014, mostrou-se mais maduro emocionalmente e não comprometeu. Fez uma gigante atuação contra a Sérvia, onde marcou um gol.
Miranda: 6. Boa parceria com Thiago e atuações seguras, embora tenha sido marcado por ter sofrido falta não assinalada de Steven Zuber, que marcou o gol da Suíça na estreia. Fora isso, soube marcar bem o que veio pela frente, inclusive os atacantes belgas.
Marquinhos: 5. Entrou nos minutos finais contra o México.
Geromel: não foi utilizado

LATERAIS
Marcelo: 3. Copa muito abaixo do esperado para o lateral tricampeão europeu e em gigantesca boa fase no Real Madrid. O camisa 12 foi pouco efetivo nas jogadas de ataque. Ainda ficou marcado em sair com apenas 9 minutos contra a Sérvia, por conta de dores nas costas.
Filipe Luís: 8. Jogou bem contra os sérvios. E como titular contra o México, fez uma belíssima partida, protegendo e participando bem das jogadas posteriores. Estava num momento bem melhor.
Danilo: 5. Titular só no primeiro jogo, se machucou na véspera de enfrentar a Costa Rica, e não voltou mais.
Fagner: 6. Único dos jogadores do futebol brasileiro a atuar no campo, o lateral do Corinthians jogou quatro partidas e se saiu melhor do que era esperado, vista a fama de jogador que "bate muito". Marcou e apoiou bem. Somente contra a Bélgica que se deu mal, tomando um baile de Eden Hazard.

VOLANTES:
Casemiro: 8. Não comprometeu e foi muito útil no esquema de Tite, no quesito marcação. Apoiou bem nos contragolpes e ficou bem na fita. Seu melhor momento foi participar no segundo gol contra a Costa Rica. Por conta de cumprir suspensão, acabou fazendo falta diante da Bélgica.
Fernandinho: ZERO. Quando entrava de suplente, pouco foi efetivo. E aí veio a chance de titular, UM DESASTRE. O "retrato de 7x1" esteve presente contra a Bélgica. Falhou, marcou gol contra. No segundo tento, teve tudo que é chance para matar o contra-ataque de Lukaku, mas não o fez. Deu tudo errado!
Fred: não entrou. Tudo que fez foi acertar contrato com o Manchester United.
Renato Augusto: 5. Sem muito destaque na Copa, a menos contra a Bélgica. Substituiu Paulinho e, de imediato, fez o gol que renovou esperanças. Mas tão logo em seguida, desperdiçou chance claríssima de gol.
Paulinho: 5. Mesma situação de Renato Augusto, tendo como única diferença ser titular. O volante, agora retornando ao futebol chinês, não foi bem taticamente marcando, se preocupando mais em avançar do que defender. Ao menos marcou um belo gol contra a Sérvia. Mas perdeu vários outros, especialmente contra a Bélgica.
Willian: 5. Copa irregular do meia do Chelsea, sacado em quase todos os jogos, alguns no intervalo. Só foi muito bem mesmo contra o México, ao construir jogada do gol de Neymar e participar muito ofensivamente neste jogo. E só mesmo.
Phillippe Coutinho: 9. Certamente o melhor da delegação brasileira, o que mais deu bom jogo, lances bonitos e participação. O camisa 11 iniciou a jornada com um golaço contra os suíços e lavou a alma diante da Costa Rica, na chorada vitória de 2x0, continuando a ir bem nos outros jogos. Mesmo abaixo da média contra a Bélgica, em que errou vários passes bobos. No pouco que acertou, fez o lindo lançamento para o gol de Renato Augusto.
Douglas Costa: 8. Seria equiparado à Coutinho, se infelizmente não fosse reserva. O camisa 7 deu o ar da graça e movimentou as ações sempre que entrou. Mudou totalmente o jogo contra a Costa Rica. Mas no mesmo jogo, machucou-se e ficou de fora da sequencia. Pôde voltar contra a Bélgica, fazendo novamente boa atuação e movimentação, mesmo com a derrota.

ATACANTES

Neymar: 6. Se destacou mais em "cair" do que qualquer coisa, acabando por virar chacota e meme mundial pela internet. Fora isso, pôde contribuir com dois gols na campanha. Mas fato é que o camisa 10 não foi "o cara decisivo" que todos esperavam que fosse. A nota é maior porque, sabe-se, ele retornou de sua mais complicada lesão que o deixou três meses fora.
Gabriel Jesus: 3. Pior camisa 9 em Copas, em questão de não marcar nenhum gol. Serviu mais no esquema de Tite como "pivô", de ajudar na marcação, do que simplesmente fazer gols, que é sua essência. Decepcionou legal.
Roberto Firmino: 7. Com certeza, melhor que Jesus. Entrou em todos os jogos, sempre participando bem nas finalizações. Foi premiado com um gol contra o México. Merecia uma chance de titular.
Taison: não entrou.

TITE: 6. Nota mais baixa pela "teimosia" de sempre utilizar os mesmos jogadores titulares, e na maioria dos jogos os mesmos suplentes, que nem sempre deram o resultado esperado. O jogo contra a Bélgica foi o retrato disso. Queimou alteração errada e, quando acertou, já era tarde demais.

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