quarta-feira, 5 de abril de 2017

Homenagens e vitória


NOITE HISTÓRICA NA ARENA CONDÁ
EM JOGO DE AMIGOS E HOMENAGENS, CHAPE SAI NA FRENTE


Enfim o tão esperado encontro entre Chapecoense e Atlético Nacional, impedido pela tragédia, pôde acontecer. E no primeiro ato de campo, deu Chape. Dentro e fora de campo, Chapecó parou para receber os heróis. Dos dois times.

Dentro de campo, os catarinenses bateram o time colombiano por 2x1 em jogo bastante movimentado de ambos os lados. No jogo de volta, em 10 de maio, em Medellín, basta um empate para o título ficar em Chapecó.

Fora de campo, um invejável protocolo que se seguiu foi regado de homenagens e reverências ao Atlético. O time que tantas homenagens prestou logo após o trágico acidente com o voo da LaMia, que matou 71 pessoas em novembro passado, recebeu de volta o carinho e afeto do povo de Chapecó. Afinal, foram os próprios que abriram mão do título daquela Copa Sul-Americana, entregue com aval da Conmebol à Chapecoense.

Uma homenagem juntou outra, por parte dos brasileiros aos colombianos, agora com a recente tragédia da cidade de Mocoa, que foi devastada por deslizamentos de terra e matou centenas de pessoas.

Desde segunda, o Atlético Nacional recebeu diversas homenagens. Hoje, o protocolo se seguiu em ao menos seis atos, do início ao final do dia, marcado pelo jogo na Arena Condá, iniciado as 19h15. Antes do jogo, houve o "Show da Gratidão", com o cantor Duca Leindecker, que contou com as presenças e discursos emocionados dos sobreviventes da tragédia: os jogadores Neto, Alan Ruschel e o ex-jogador Jackson Follmann, além do radialista Rafael Henzel.

Ainda antes, os colombianos fizeram carreata num Corpo de Bombeiros pela cidade de Chapecó.

E enfim, veio a hora do jogão esperado, que marcou ainda a estreia do terceiro uniforme da Chape. Um verde escurecido e em tom de preto, que há tempos estava para estrear, desde a Libertadores. O time defenderia ali a sequência boa de cinco vitórias seguidas.

VEIO A SEXTA.

Em campo, um jogo inicialmente amarrado, mas que aos poucos foram tomando proporções mais agitadas. A Chapecoense deu as melhores investidas no primeiro tempo. Logo, foi premiada em um pênalti cometido por Bocanegra, que interceptou a bola com a mão. O lateral Reinaldo converteu fácil.
No decorrer do jogo o Atlético melhorou, buscou espaços e chegou ao empate em um belíssimo gol de Macnelly Torres. O camisa 10 chutou de fora da área, sem chance para Artur Moraes. O empate parecia satisfazer os torcedores que lotaram a Arena Condá, misturados de brasileiros e colombianos nas arquibancadas. Até que brilhou um reserva: em cobrança de escanteio de Reinaldo (de novo ele), apareceu Luiz Otávio, substituto do capitão Douglas Grolli. Com uma firme cabeçada, desempatou o jogo. E faltou pouco para a Chape ampliar. Assim se foi até o fim do jogo.

Acaba o jogo, mas não o espetáculo. Um show de fogos de artifício e mais homenagens ao Atlético Nacional, em meio a imagens exibidas no telão que mostravam grandes lances da história da Chapecoense. Sobretudo os jogadores que faleceram no acidente, reverenciados pelo título histórico da Sul-Americana 2016. E que comemoram lá no céu essa grande retomada.


No outro jogo da noite, marcando a estreia dos brasileiros na atual edição da Copa Sul-Americana, o Cruzeiro saiu na frente no duelo com o Nacional do Paraguai. Jogo complicado, mas que terminou bem. Vitória de virada por 2x1.
Após o Nacional abrir o placar logo nos primeiros minutos com Jonathan Santana, os mineiros logo buscaram o empate com Thiago Neves. Depois de muita insistência, chegou à virada no final do segundo tempo, com a raça de Ábila, que trombou com a zaga adversária até driblar o goleiro e guardar na rede. Em 42 jogos, chegou ao 21° gol, uma comemorada média de meio gol por jogo.

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