Olá, pessoal!
Demorou mais tempo do que previa, passaram as festas, concursos, carnaval... quase dois meses depois, agora vai, 2018 começa de verdade e eu aqui estou, retomando as atividades com o Jornal da Internet!
Desculpem da demora, aconteceu muita coisa para agitar, com um tanto de tumulto, este início de ano. Até perdi uma de minhas cachorras... Enfim, vida que segue.
Nesse tempo também aconteceu muita coisa no Brasil e no mundo, e aqui vale relembrar alguns dos principais fatos, tudo para que não passe batido. Embarquemos juntos para 2018, porque muita história será escrita, em ano de Copa e de eleição!
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LULA CONDENADO
Entre tantos acontecimentos políticos, de longe o principal fato do ramo foi o julgamento contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 24 de janeiro, que mobilizou o 4° Tribunal Regional de Porto Alegre e dividiu opiniões e manifestações pelo Brasil. Era o mais decisivo julgamento, que envolvia as denúncias ao presidente no caso do tríplex no Guarujá, por parte do juiz Sérgio Moro pela pena aplicada em julho passado. Ainda haverá o recurso do sitio de Atibaia.
E por unanimidade (3 votos a 0 dos juízes), a pena não só foi mantida, como também aumentada para 12 anos e 1 mês. Em caso de se manter esta pena e encerrar-se todos os recursos jurisprudentes da defesa, a possível candidatura de Lula à presidência estará impugnada, ou seja, o petista não poderia mais concorrer ao eleitorado. Para os efeitos mais extremos futuros, Lula poderá ser preso dentro de alguns meses.
O governo Temer e suas trapalhadas. Mesmo com a aprovação ainda baixíssima de 6%, o presidente Michel Temer (MDB, não mais PMDB) fez algumas das reformas ministeriais no período de recesso parlamentar e ainda cogita uma candidatura na eleição desse ano, enquanto o salário mínimo teve aumento de míseros 17 reais (de 937 para 954 reais).
A maior patacoada, no entanto, foi a nomeação de Cristiane Brasil, deputada federal pelo PTB, ao Ministério do Trabalho. Logo ela, filha de Roberto Jefferson (delator do Mensalão) que já foi deveras acusada por dívidas trabalhistas e suspeita de aliciamento, iria assumir brevemente o cargo, mas o mesmo foi diversas vezes vetado pelo Superior Tribunal de Justiça, por ordens expedidas pela presidente da casa, ministra Carmen Lúcia. A situação piorou quando foi divulgado um vídeo constrangedor envolvendo Cristiane em meio a homens "sarados" sem camisa, em um iate, se defendendo de todas as acusações. Semana passada, enfim, o PTB desistiu de vez da nomeação da deputada para o ministério. Outro nome será providenciado em breve.
Em 2018 já foram muitas notícias ruins a despeito da segurança nacional, especialmente no Rio de Janeiro. Antes disso, entre a virada de um ano para outro, foi o Rio Grande do Norte que enfrentou, por três semanas, uma greve da polícia militar, afetando sobretudo a capital Natal. No período, as Forças Armadas tomaram conta do RN até 12 de janeiro.
Agora é o estado carioca que enfrenta uma grave crise de segurança, que ficou mais escancarada no Carnaval. Muitas mortes por conta da violência urbana foram registradas, se não bastasse as 132 mortes de policiais ao longo de 2017. No dia 16 de fevereiro, o Governo Federal tomou as medidas de uma intervenção federal. O Exército Militar é quem está no comando do Estado, sob chefia do general do exército, Walter Souza Braga Netto.
Tal medida, votada e aprovada por Congresso e Câmara, forçará ainda o adiamento por tempo indeterminado para votar a tão falada Reforma da Previdência, principal objetivo de Michel Temer em seu governo. Deverá ficar para o próximo presidente, em 2019. O objetivo da intervenção é diluir e reduzir a violência que se instaurou, como já citado, nos dias de Carnaval.
Carnaval esse que foi marcado por desfiles de protestos, e claro, blocos lotadíssimos, como o agora centenário Cordão da Bola Preta no RJ. Em Salvador, sorrimos o nascimento das gêmeas de Ivete Sangalo. Fora o Galo da Madrugada em Recife.
Seguindo o assunto dos desfiles, a Acadêmicos do Tatuapé faturou o bicampeonato do Carnaval de São Paulo, numa apuração marcada por "recordes de notas 10" e com 4 escolas tirando nota máxima na classificação final. 270 pontos para Tatuapé, Mocidade Alegre, Mancha Verde e Tom Maior. Caíram Unidos do Peruche e Independente Tricolor. A bicampeã cantou uma homenagem ao Maranhão.
Após um tumultuado ano de 2017, houve-se a volta por cima para o Carnaval carioca em 2018, apesar do corte de verbas pela metade, imposto pela prefeitura comandada por Marcelo Crivella. Isso e outros impostos motivaram para enredos de cunho protestante por boa parte das agremiações, e que renderam bons resultados a quem aplicou na avenida da Sapucaí.
A Beija-Flor de Nilópolis se sagrou a grande campeã, criticando a pobreza e miséria por meio de "monstros da pátria que os pariu". Última a desfilar, fez o público invadir a avenida ao final da apresentação, empolgando os jurados.
Mas foi a Paraíso do Tuiuti a maior sensação deste ano. Depois do triste desfile em 2017, marcado pelo acidente com uma das alegorias que feriu 20 pessoas (uma morreu), não tendo rebaixamento concedido, a Tuiuti deu a volta por cima e conquistou um surpreendente vice-campeonato, levando a avenida um enredo sobre a escravidão (130 anos da Lei Aurea), também com críticas políticas, regado a um samba-enredo de fácil entendimento ("meu Deus meu Deus, está extinta a escravidão?"). Destaque para a comissão de frente e fantasias, que incluía o presidente Temer vestido de "vampirão". A Mangueira, quinta colocada, criticou abertamente aos cortes de verbas de Crivella. Foram rebaixadas Grande Rio (surpresa) e Império Serrano. A tradicional Unidos do Viradouro ganhou o Grupo de Acesso e volta à elite em 2019.
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