sábado, 20 de maio de 2017

Mesma coisa


EM NOVO PRONUNCIAMENTO, TEMER PEDE SUSPENSÃO DE INQUÉRITO

Michel Temer fez o seu segundo pronunciamento em três dias desde o estouro da delação premiada da última quarta-feira.

Dessa vez foi mais longo do que o primeiro, durando cerca de 12 minutos. Nele, voltou a negar qualquer chance de renunciar à presidência da República e afirmou que ingressará no Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido de suspensão do inquérito aberto com autorização do ministro Edson Fachin para investigá-lo por suspeita de corrupção passiva, obstrução à Justiça e organização criminosa. O pedido foi protocolado por volta das 16h, depois de concluído o pronunciamento.

Entre os principais trechos do discurso deste sábado, Temer fez declarações ácidas a respeito de tudo o que está se passando desde quarta e como se desdobram. Disse que a gravação divulgada na imprensa é clandestina. De fato, ela sofreu algumas edições, em que há trechos inaudíveis.
O presidente criticou fortemente Joesley Batista, dono da JBS e delator de tudo. "O autor do grampo está livre leve e solto, passeando pelas ruas de Nova York."
"O Brasil que já tinha saído da crise econômica mais grave da sua história, vive agora, sou obrigado a reconhecer... dias de incerteza."

Ele disse ainda que a JBS fez tudo isso para lucrar milhões e voltou a negar que tenha agido para beneficiar a mesma. "Nunca comprei o silêncio de ninguém, não obstruí a Justiça porque não fiz nada contra o Judiciário."

E por fim, concluiu dizendo que continua no cargo, sem citar a palavrar "renuncia".

"Digo com toda segurança. O Brasil não sairá dos trilhos. Eu continuarei à frente do governo."

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