quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Mancha esportiva

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) Carlos Arthur Nuzman chega na sede da Polícia Federal após ser preso no Rio de Janeiro (Foto: Bruna Kelly/Reuters)
(FOTO: Bruna Kelly/Reuters)

CARLOS ARTHUR NUZMAN É PRESO E ENVERGONHA ESPORTE NACIONAL

O presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) Carlos Arthur Nuzman o ex-diretor de operações da Rio 2016, Leonardo Gryner, foram presos na manhã de hoje, na Zona Sul do Rio.

Nuzman, presidente do COB há 22 anos, é suspeito de intermediar compra de votos de integrantes do COI (Comitê Olímpico Internacional) para eleger o Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas realizadas no ano passado. Ele foi preso em casa, no Leblon. As prisões deflagraram a Operação Unfair Play (Jogo Sujo).

Segundo a defesa de Nuzman, a medida adotada foi dura. "Vou me inteirar dos fatos agora .Eu não tenho a menor ideia. Vou saber agora o que se passa e quais são os fundamentos dessa medida. É uma medida dura e não é usual dentro do devido processo legal", afirmou Nélio Machado.

Em nota, o Comitê Olímpico Internacional (COI) disse que está cooperando e pediu às autoridades brasileiras informações completas para dar seguimento às investigações internas da comissão de ética do COI. O Comitê afirmou também que sua comissão de ética pode tomar medidas provisórias contra Nuzman.

Confira abaixo o diagrama elaborado do G1 explicando como funcionaria o esquema corruptivo:

ARTE - Operação Unfair Play (Foto: Arte/G1)

A escolha do Rio de Janeiro como cidade-sede dos Jogos foi feita em Copenhague, Dinamarca, no dia 2 de outubro de 2009, marcando uma grande festa pelo país e também dentro do COI. Entre os representantes brasileiros estava o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o prefeito Eduardo Paes e o governador do Rio, Sérgio Cabral, atualmente preso na Operação Lava Jato.
Ela concorreu com Chicago, Tóquio e Madri. Foi uma votação de três etapas. Na primeira, a cidade americana foi eliminada e Madri detinha mais votos, 2 de diferença. Na sequencia, o Rio assumiu com folga a liderança, por 46 votos a 29 de Madri. Tóquio teve 20 e foi eliminada.
Na votação final, 66 votos para a cidade carioca, contra 32 madridistas, confirmando então a escolha final.

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