sábado, 1 de abril de 2017

Crises sul-americanas

Polícia do Paraguai
(FOTOS: Reuters)

VENEZUELA E PARAGUAI PASSAM POR MOMENTOS DE TENSÃO NA POLÍTICA

Enquanto a Colômbia chora pelas vítimas da tragédia de Mocoa, outros países sul-americanos também choram suas tragédias, só que políticas.

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A Venezuela atravessa más relações com a Mercosul, grupo formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Chile e recentemente os próprios venezuelanos, que foram suspensos do bloco no fim de 2016. E a situação política é tão grave que nem os próprios Supremos sabem o que fazem.

Em duas decisões emitidas neste sábado, o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela eliminou dois pontos de suas decisões controversas da semana e reverteu a sua própria decisão de assumir funções do Parlamento.

O Tribunal tinha dado amplos poderes ao presidente Nicolás Maduro em casos de crime organizado e terrorismo, por exemplo. Mas a decisão gerou uma grande crítica dos partidos de oposição, além de governos de outros países. Maduro comparou a condenação internacional da decisão da Suprema Corte a um "linchamento político".

Maduro preside o país desde 2013, a partir da morte de Hugo Chávez, mantendo o regime "bolivariano" revolucionário que vigora no país desde 1998, o que já afugentou vários habitantes para outros países, como a região Norte do Brasil.

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No Paraguai, a situação parece que só tende a piorar, com a aprovação de uma emenda constitucional que permite ao atual presidente do país, Horácio Cartes, concorrer à reeleição no ano que vem, possibilidade que é vetada atualmente pela Constituição paraguaia.

O projeto aprovado por um total de 25 senadores veio após convocação surpresa de partidários, em votação feita em portas fechadas. Imediatamente ao saber da notícia, os paraguaios foram às ruas protestar contra a emenda, já tomando proporções violentas a partir de ontem.

A aprovação da emenda constitucional no Senado é o primeiro passo para que a reeleição seja permitida no Paraguai.
O projeto, porém, ainda terá de ser aprovado pela Câmara dos Deputados, na qual Cartes tem maioria. A votação estava programada para acontecer na manhã deste sábado, mas foi adiada devido aos protestos.
Em agosto de 2016, o Parlamento Paraguaio já havia recusado uma proposta similar para permitir a reeleição.

Antes disso, em 2012 o Paraguai já vivera dias de protestos e alta tensão política, com o então presidente Fernando Lugo ser afastado por impeachment de maneira "relâmpago". Na época o processo chegou aos deputados em um dia, e logo no dia seguinte, foi aprovado.

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