sábado, 25 de fevereiro de 2017

Primeiro dia com fé e religião

A Acadêmicos do Tatuapé foi a quarta escola a desfilar no primeiro dia do carnaval de São Paulo
Mocidade Alegre trouxe para o Anhembi a sua própria história e homenageou a comunidade do Limão
Sabrina entrou tão apressada no Anhembi, que não conseguiu vestir toda a fantasia do desfile da Gaviões da Fiel

VILA MARIA E TATUAPÉ BRILHAM NO PRIMEIRO DIA DE DESFILES DE SP

Sete escolas abriram os desfiles do carnaval paulistano. As maiores destaques que se credenciam para brigar pelo título de campeã são a Unidos de Vila Maria e a Acadêmicos do Tatuapé. Da religiosidade à africanidade, as agremiações embalaram o público presente no Anhembi. Mocidade Alegre e Gaviões da Fiel também fizeram bons desfiles com perfeições técnicas e podem brigar por fora.

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Na abertura dos desfiles, a Tom Maior homenageou Elba Ramalho. Apesar do brilho das alegorias e empolgação dos ritmistas, a evolução apresentou graves problemas, onde o segundo carro custou para entrar na avenida, abrindo um "buraco" no meio da passarela. Detalhe para sua rainha de bateria, que esteve com o dedinho do pé quebrado e sambou com bota ortopédica e tudo.

Multicampeã recente, a Mocidade Alegre fez uma homenagem a si própria, fazendo o seu "Jubileu de Ouro" ao celebrar seus 50 anos de fundação. Destaque para uma das alegorias, feita somente de ouro e as tradicionais "paradinhas" da bateria. Personalidades como o lutador Rodrigo Minotauro deram as caras na passarela.

Isabel Fillardis personificou Nossa Senhora no desfile da Vila Maria

Um dos grandes destaques da noite, a Vila Maria celebrou os 300 anos da aparição de Nossa Senhora da Aparecida. Com os agradecimentos da Arquidiocese, a escola fez um desfile correto, sem nenhum apelo e nem fantasias de poucas roupas. Carros gigantes emocionaram o público. Um em especial trouxe a atriz Isabel Fillardis como Nossa Senhora.

Quem também brilhou na alegoria e fez o público cantar o samba-enredo de cor foi a Tatuapé. Atual vice-campeã, se afirma como candidata a um inédito título, com um enredo sobre a África, em especial a um país do sul do continente, o Zimbábue, e seus dialetos. O refrão "É de arerê, ilê ijexá, Canta Tatuapé!" foi muito cantado pelos presentes no Sambódromo.

A Gaviões da Fiel contou a história de trabalhadores e migrantes, sobre como eles ganham a vida fora de suas casas, especialmente em São Paulo. Quem se destacou, só que mais do ponto negativo, foi a madrinha de bateria, a apresentadora Sabrina Sato, que se atrasou e desfilou com uma parte de fantasia faltando em seu corpo escultural.

A Acadêmicos do Tucuruvi celebrou os artistas da rua, reunindo uma mistura globalizada desse tipo de arte, como acrobatas aéreos, um grupo de dança de rua, além do tão comentado grafite e da pichação, que vem sendo alvo recente da prefeitura. Com problemas de evolução, a escola fechou o desfile em cima da hora, com o tempo limite de 1 hora e 5 minutos.

Encerrando o dia, já ao amanhecer, a Águia de Ouro cantou a defesa e proteção aos animais, em especial os cachorros. Personagens de desenhos animados, como Scooby Doo, A Dama e o Vagabundo, foram lembrados em carros alegóricos. Uma das destaques, a apresentadora e protetora Luísa Mell, é até citada no samba-enredo da escola. O desfile colorido não empolgou muito.

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Hoje, mais sete escolas passam no Sambódromo no segundo e último dia de desfiles: Mancha Verde, Peruche, Império, Dragões, Vai-Vai, Nenê e Rosas.

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