DE CARA NOVA, COMEÇA A LIBERTADORES 2017;
1/4 DOS PARTICIPANTES É DO BRASIL
Depois de uma disputada fase pré-grupos, finalmente "as cabeças vão rolar" em diante. Começa amanhã a fase de grupos da Taça Libertadores da América, esse ano sem times mexicanos e um formato diferenciado e mais longo. A final será disputada lá em novembro.
O Brasil nunca esteve tão bem representado. Exatamente 25% dos classificados nos grupos, o que aumenta a chance de um possível título vir para cá. Palmeiras, Santos, Flamengo, Atlético Mineiro, Grêmio, Chapecoense, Botafogo e Atlético Paranaense. Qual dos oito times terão mais sorte até o final do campeonato? Aqui você irá conferir um guia detalhado de cada chave da competição, e o que nossos times terão de dificuldades a enfrentar. O caminho é longo, mas o sonho é real para todos os participantes.
Abaixo estão os oito grupos
O Brasil nunca esteve tão bem representado. Exatamente 25% dos classificados nos grupos, o que aumenta a chance de um possível título vir para cá. Palmeiras, Santos, Flamengo, Atlético Mineiro, Grêmio, Chapecoense, Botafogo e Atlético Paranaense. Qual dos oito times terão mais sorte até o final do campeonato? Aqui você irá conferir um guia detalhado de cada chave da competição, e o que nossos times terão de dificuldades a enfrentar. O caminho é longo, mas o sonho é real para todos os participantes.
Abaixo estão os oito grupos
GRUPO 1
É um grupo dos mais complicados, só com os times de forte tradição sul-americana. E é nessa dificuldade que o Botafogo quer se apegar para superar seus rivais, assim como fez na fase preliminar, em que despachou dois gigantes do continente, Colo Colo e Olimpia, quando muitos críticos duvidavam disso. O Fogão conta com o jovem técnico Jair Ventura e sua astúcia nas leituras de jogo. Capitaneado pelo talento de Camilo, tem um ataque com Rodrigo Pimpão sempre brilhando nas horas mais precisas. E o meia Montillo, que ainda se recupera de lesão.
O grupo traz o atual campeão, o Atlético Nacional. Mais querido pelos brasileiros por sua vasta solidariedade após a tragédia com a Chapecoense, os colombianos chegam como favoritos da chave, apesar de bem desfigurados. Apenas 5 dos 11 titulares da vitoriosa campanha do ano passado permanecem no time, entre eles o meia Macnelly Torres.
O Estudiantes é outra potência do grupo, e conta com o veterano meia Verón, de 42 anos. Ele se aposentou há três anos e exercia a função de presidente do clube argentino, mas resolveu voltar à ativa. Não menos perigoso, o Barcelona de Guayaquil inspira cuidados na altitude.
GRUPO 2
Tradicionalíssimo no continente, assim se defende o Santos Futebol Clube, que está de volta à competição após 5 anos ausente e de um recente tricampeonato, conquistado em 2011 com Neymar, Ganso e companhia. E é o cabeça-de-chave de um grupo que só tem os "S" iniciais.
Ainda recheado de jovens talentos e com nomes veteranos e pesados como Ricardo Oliveira e Renato, além do camisa 10 Lucas Lima, o Peixe pretende não passar sustos no grupo, como vem passando na temporada, onde tem campanha irregular no Paulista. Pesam as duas derrotas em clássicos contra São Paulo e Corinthians, e o trabalho do técnico Dorival Júnior passou a ser contestado.
O rival mais forte é o Independiente Santa Fé, mais uma potência colombiana. Campeã da Sul-Americana em 2015, o time vai a quinta Libertadores seguida, em que alcançou a semifinal em 2013. O principal nome do time é o meia Omar Pérez.
Tradicional time peruano, o Sporting Cristal não inspira muitas forças em competições continentais, enquanto o The Strongest inspira mais perigos com a temida altitude da Bolívia. Pelo terceiro ano seguido entra em um grupo com brasileiro. No ano passado chegou a derrotar o São Paulo em pleno Pacaembu, em uma histórica primeira vitória fora de seu país. Embora o mesmo Tricolor tenha sido semifinalista depois.
GRUPO 3
Único grupo sem brasileiros, é encabeçado pelo gigante River Plate. Há alguns anos, amargou um inacreditável rebaixamento, mas deu a volta por cima e calou os críticos ao conquistar a Libertadores de 2015, após a pior campanha entre os classificados à fase final.
Depois de um 2016 bastante irregular, só chegou onde chegou ao conquistar a Copa Argentina diante do Rosário Central, com um elenco mais limitado em relação a 2015. Seu grande nome é o jovem Alario, que vem sendo convocado pela seleção principal do país.
O grupo tem mais dois recorrentes participantes. O Emelec do Equador e o Independiente de Medellín alcançaram as semifinais em seus melhores anos, e querem surpreender. O Melgar do Peru é o possível saco de pancadas, assim como foi em 2016, em que na condição de estreante não faturou nenhum ponto.
GRUPO 4
Esse é provavelmente o "grupo da morte". O único envolvendo dois times de um mesmo país vindos de excelentes temporadas de 2016 e que buscam afirmações.
O Flamengo não quer ficar só no "cheirinho". O time de Zé Ricardo se reforçou como nunca do ano passado para cá, sob comando do meia Diego, que com atuações de craque se consolidou no time titular e usará a camisa 10 de Zico na competição. Para esse ano, vieram reforços como Conca, Trauco e Rômulo. Sem falar que tem um afinado Paolo Guerrero no ataque, e um Alex Muralha que defende muito. Apesar da perda da Taça Guanabara no último domingo, o Fla vem com sede de vinganças e quer brilhar logo na estreia, que será no Maracanã.
O Atlético-PR é o outro rubro-negro da chave que chega à sua quinta participação. Foi o vice-campeão de 2005 após perder a final para o São Paulo, comandado pelo hoje técnico do Furacão, Paulo Autuori. Assim como o Fla, se reforçou à beça, trazendo como grande contratação Grafite, artilheiro por onde passou. O criativo meia Felipe Gedoz, além do veterano Carlos Alberto e o naturalizado croata Eduardo da Silva, são outros nomes de peso. Sem falar no volante argentino Lucho González, que trouxe segurança no meio de campo e marcou o gol da classificação aos grupos.
O cabeça-de-chave é o San Lorenzo, o time do Papa Francisco. Campeão em 2014, o time que afastar o azar de anos posteriores, pois é o terceiro ano seguido que cai num grupo difícil. Nos outros dois, caiu ainda na primeira fase. Conta como esperança de gols o atacante Blandi. Fechando o grupo, a Universidad Católica retomou sua tradição no Chile, ao conquistar o campeonato local. Sua melhor campanha foi o vice-campeonato de 1993. Assim como o Furacão, perdeu sua final ante o São Paulo...
GRUPO 5
Eis o time brasileiro a ser batido nesta edição. Apesar das irregularidades que o afrontam...
O Palmeiras sobrou no último Brasileirão e agora, mesmo sem seu craque Gabriel Jesus, reforçou-se como nunca, trazendo nomes como Felipe Melo, Michel Bastos e, principalmente, os campeões colombianos do ano passado, Alejandro Guerra e o matador Miguel Borja, que já chegou ao alviverde metendo gol. A instabilidade citada é falada porque o time, apesar de ter aplicado goleadas recentes, sofreu uma dura derrota para o Corinthians, mesmo com um a mais. O Verdão está em um grupo relativamente médio e tem condições de passar bem, no comando do novato técnico Eduardo Baptista (Cuca faz falta?)
Para isso, tem de superar a tradição dos uruguaios do Peñarol, 5 vezes campeão e cabeça-de-chave. Mas assim como o atual Palmeiras, enfrenta instabilidades. Seu principal jogador é o meia Cristian Rodríguez, que teve recente passagem relâmpago no Grêmio.
Se tem um time no grupo que está muito por cima, é o Atlético Tucumán. Aos 115 anos, o clube argentino vai a sua primeira Libertadores. Para chegar aí, passou pelas preliminares, em história digna de cinema. Eliminou no Equador o El Nacional, após quase sofrer um W.O.. Depois, despachou o forte Junior Barranquilla.
Completando o grupo, o boliviano Jorge Wilstermann conta com a altitude de Cochabamba para surpreender os adversários. Destaque para o zagueiro brasileiro Alex Silva, ex-São Paulo e Flamengo.
GRUPO 6
O Galo mineiro tem um grupo tão fácil quanto o Palmeiras. Participando pela quinta Libertadores seguida, o último brasileiro a ganhar o torneio (em 2013) vem forte sob comando de Roger Machado. Conta com um Fred em fase artilheira, e as criatividades dos meias Cazares e Otero. Muito embora tenha perdido Lucas Pratto para o São Paulo. O elenco é bom e fácil de repor. Sabe-se lá como não ganhou títulos em 2016..
O menos fácil dos times é o argentino Godoy Cruz, que há um tempo vem surpreendendo positivamente no futebol local. O tradicional Libertad do Paraguai também pode dar trabalho, mas sem as forças de anos atrás. Por último, tem o estreante boliviano Sport Boys, da pequena cidade de Warles. Como não tem um estádio capacitado a abrigar jogos da competição, tem de jogar em Santa Cruz de La Sierra.
GRUPO 7
Talvez o grupo com maior carga de emoções distintas.
Marca a estreia da Chapecoense na competição, onde homenagens poderão ser inevitáveis. Após o trágico acidente aéreo na Colômbia, no ano passado, o time foi homologado campeão da última Copa Sul-Americana, a pedido do adversário da final, o Atlético Nacional. E assim, totalmente reformulado e reconstruído depois da fatalidade, a Chape vai bater de frente com outros grandes do continente. Juntamente ao Atlético-PR, é o primeiro brasileiro a estrear nos grupos, amanhã a noite, na Venezuela. A chegada da delegação ao país foi muito festejada pelo time local, o Zulia.
No grupo, está o maior participante do torneio, o Nacional do Uruguai. Na 45° participação, o time lidrado pelo meia Álvaro González ostenta três títulos e pinta como favorito da chave. Outro forte time é o Lanús, tido pela imprensa argentina como o mais bem cotado do país. Campeão da Sul-Americana de 2013, conta com o artilheiro Acosta.
Além deles, outro estreante a vista. É o venezuelano Zulia, que tem o veterano meia Arango e é o maior caçula do torneio (foi fundado em 2005).
GRUPO 8
Tem mais brasileiros com vida tranquila nos grupos. Na última chave, o Grêmio foi talvez quem tenha dado mais sorte no sorteio, pegando times de pouca tradição. Vem inspirado depois do título da última Copa do Brasil, que o afastou de uma seca de 15 anos sem conquistas expressivas. Com o poderio do técnico Renato Gaúcho, o Imortal conta com o jovem craque Luan, campeão olímpico, a repetir seus grandes feitos do ano passado. Recheado de bons nomes gringos, o time conta com Bolaños, o xerife Kannemann e o recém-chegado Lucas Barrios.
Nos outros times, olho aberto ao Guarani do Paraguai. O time não esquece de 2015, quando surpreendeu ao passar pelo Corinthians e chegou a semifinal daquele ano. Ainda conta com o atacante López. Zamora da Venezuela e Deportes Iquique do Chile completam a chave.
A primeira semana da competição conta com 12 jogos, sendo 4 em cada dia de terça a quinta. Eis os jogos de amanhã:
Deportes Iquique x Guarani (17h15)
Jorge Wilstermann x Peñarol (19h30)
Atlético-PR x U.Católica (21h)
Zulia x Chapecoense (21h45)
Que seja uma competição de raiz, com muita disputa e raça no campo!
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